A doença arterial coronária tem impacto na expectativa e na qualidade de vida de um grande número de pessoas em todo o mundo o que levou ao desenvolvimento de modernas técnicas de diagnóstico e tratamento que, certamente, tiveram resultados positivos para um número significativo de pacientes. Ao mesmo tempo, entidades médicas estimulam a implementação de políticas de prevenção, pois este seria o caminho mais efetivo para minimizar e controlar o ônus que o tratamento e a reabilitação de portadores de doença coronária têm para as sociedades.
A abstenção de alguns costumes pode contribuir com sua saúde. Muitas medidas são conhecidas há muitos anos e a prática de atividade física, evitar o tabagismo, evitar o consumo excessivo de sal, por exemplo, podem apresentar resultados positivos e não podem ser esquecidos ao se abordar este tema. Contudo, na prática diária, conselhos e sugestões genéricas podem não ser suficientes, uma vez que, fruto da grande diversidade humana, fatores de risco distintos terão importância diferentes em casos individuais e o médico precisa conhecer adequadamente seu paciente, para saber quais elementos devem ser abordados de modo mais particular.
A grande maioria dos casos de síndrome coronária aguda tem causas evitáveis e potencialmente tratáveis. Hoje, não é possível relegar o papel do estresse emocional e de práticas de controle do estresse sobre o risco de apresentar desfechos cardíacos adversos. A importância da alimentação não mudou, mas mudou de modo importante nossa percepção sobre quais alimentos trazem mais risco e se associam a maior prevalência de infarto e síndrome coronária aguda. Conselhos genéricos, tais como “consuma menos sal”, hoje não são mais aceitáveis, pois conhecem-se pormenores da relação entre a ingesta de sódio e a incidência de eventos cardíacos adversos.
Não se pode desprezar o impacto de fatores de risco e comorbidades, tais como hipertensão e diabetes, mas deve-se ter em mente que é muito importante saber comunicar adequadamente as melhores condutas e hábitos de vida aos pacientes, mantendo em mente que nível de escolaridade é um fator de risco para eventos cardíacos adversos e que, ao menos em parte, isso pode ser resultado da dificuldade do paciente compreender adequadamente os seus fatores de risco e como deve alterar seus hábitos de vida em prol de sua saúde.
A prevenção de doenças cardiovasculares está estritamente ligada a importância de consultar seu cardiologista regularmente. Mudar alguns hábitos de forma orientada por um profissional médico, pode evitar agravamento de pacientes que apresentam indícios de doenças cardíacas.
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