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Folha Regional Online

Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2025

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Picareta de "garagem" bancava o empresário para dar golpe nos clientes:

Mais de 130 Boletins de Ocorrência foram registrados e o "empresário" foi 42 vezes indiciado pela Polícia Civil, em 45 inquéritos instaurados.

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Picareta de
Em Pauta/BP
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        A Policia Civil do Paraná prendeu na tarde de ontem em Santa Rosa (PR) um "picareta de garagem" que se passava por empresário do ramo de compra e venda de carros em Bragança Paulista (SP).  De acordo com o registro da ocorrência, Christoffer Carvalho Silva, de 34 anos, teria aplicado golpes em mais de 150 clientes. O mesmo já teria sido indiciado pela Policia Civil paulista em 45 inquéritos e havia contra ele pelo menos seis mandados de prisão. A cidade onde se escondia fica localizada cerca de 100 km da fronteira com o Paraguai, pela cidade de Salto Del Guairá. A prisão foi realizada pelo Batalhão de Polícia Militar de Fronteira e confirmada pela Delegacia Regional do município de Marechal Cândido Rondon, também no Paraná.

   De acordo com o registro da ocorrência, Christoffer comandava a garagem "Carvanne Veículos", e foi preso a quase 1 mil quilômetros de distância de Bragança Paulista.   Ainda segundo o registro, a equipe chegou até o "empresário" por meio de informações do serviço de inteligência da polícia. Ao chegarem no endereço informado, os policiais avistaram um homem que estava na sacada da casa e desceu rapidamente para atender a equipe.

   Durante a abordagem, os policiais escutaram um barulho nos fundos da casa e, ao chegarem no local, avistaram Christoffer tentando fugir pelos telhados. Com ele, os policiais encontraram um documento falso.  Na casa, foram localizados dois carros e uma moto que estavam em nome de terceiros. Aos policiais, o homem ainda revelou que tinha outros veículos na sua nova casa, onde foram encontrados pelos policiais ainda sete veículos.    A defesa de Christoffer Carvalho da Silva disse que só vai se manifestar no processo.

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Investigação por golpes

O "empresário" era investigado desde junho de 2023 suspeito de estelionato na compra e venda de carros usados. Ele usava os carros e os nomes de clientes para levantar dinheiro por meio de financiamentos não autorizados. A suspeita é que ele tenha movimentado cerca de R$ 15 milhões de forma indevida em menos de um ano. Pode ser indiciado por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica. 

Em dezembro passado, fazia um mês que a 1ª Vara Criminal de Bragança Paulista havia determinado a primeira prisão preventiva do acusado. Nos últimos 30 dias, outros 4 mandados de prisão foram expedidos contra Christoffer que, desde então encontrava-se foragido da Justiça. Sua loja encontra-se fechada e ele não atualiza mais suas mídias sociais e apagou um “vídeo de esclarecimento”. 

Na fachada da loja, os termos: Coversa, Compromisso e Realização atraia as vítimas

   A delegada Nagya Andrade, da Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Bragança Paulista, afirmou a imprensa já haviam contra o acusado até dezembro de 2023, 136 Boletins de Ocorrência relacionados ao golpe e não descartava a participação de outros envolvidos.  Em razão da existência de muitas vítimas com considerável prejuízo financeiro, o Ministério Público solicitou o bloqueio das contas dos investigados, bem como da pessoa jurídica, cartório de registro de imóveis, enfim, tudo que possa ser útil para o ressarcimento às vítimas. 

   "As investigações prosseguiram, foram instaurados aproximadamente 45 inquéritos policiais e estamos com 5 mandados de prisão preventiva com relação ao Christoffer em aberto”, afirmou a delegada.  “O indiciamento está ocorrendo em todos os inquéritos, quando concluo que houve o delito. São casos distintos e 42 indiciamentos distintos. Ele já foi indiciado pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa”, explicou Nagya Andrade. 

   A Polícia Civil já concluiu que outras pessoas participaram das supostas práticas criminosas. “É certo que os funcionários dele tinham o conhecimento das atividades ilícitas de Christoffer Carvalho Silva. Foram e também estão sendo indiciados. E conseguimos ao longo desse um mês identificar várias pessoas que emprestavam o nome para ele fazer os financiamentos. Estas pessoas foram e estão sendo indiciadas por falsidade ideológica”, afirmou a delegada.  “Os bancos também estão sendo investigados. Foram expedidos precatórios para isto. Assim como parceiros do Christoffer que emprestavam login e senha para ele fazer os financiamentos”, complementou.  O espaço encontra-se aberto para o posicionamento da defesa de Christoffer Carvalho Silva.

FONTE/CRÉDITOS: g1PR/Folha Portal/c/informações de Anna Oliveira (Em Pauta)
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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