Na cultura midiática brasileira, a Lei de Gérson é um princípio em que determinada pessoa ou empresa busca obter vantagens de forma indiscriminada, sem se importar com questões éticas ou morais frente determinadas situações. A "Lei de Gérson" até hoje é usada para exprimir traços bastante característicos e pouco lisonjeiros do caráter midiático de alguns, que passa a ser interpretado como caráter da população, associados à disseminação da corrupção e ao desrespeito a regras de convívio para a obtenção de vantagens.
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Senão vejamos: A ferramenta conhecida como “abono salarial” utilizada pelo prefeito de Ibiporã José Maria Ferreira para reajustar o piso nacional da educação aos professores municipais está sendo utilizada como combustível do chamado “fogo amigo”.
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Pela manifestação em rede sociais, observamos que quem apoiou a eleição do prefeito José Maria, e participava das rodinhas de happy hour brindando a felicidade ao lado de "cumpanheros vermelhos" durante a campanha eleitoral, curiosamente limpou a ficha e, hoje por conveniência se contrapõe, e pega carona na polêmica dos salários para suposta auto promoção.
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Ísso é coisa típica da escola política do mestre que temos em Ibiporã. O mais curioso é que a manifestação ocorre justamente depois que a vaca foi para o brejo. Depois do leite derramado, não adianta apagar o fogo. A sujeira que fica em cima do fogão dá trabalho para limpar.
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A nota de repúdio publicada pelo Sindicato na tarde de ontem, reflete que não teve força suficiente para se impor. A categoria por sua vez, dado ao número inexpressivo de servidores nas Assembleias, apontam que o funcionalismo ainda tem muito o que evoluir na defesa de seus próprios interesses. Falta união. Isto ficou claro na última eleição com o funcionalismo dividido entre as forças do bem e do mal.
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A receita do "não vai ficar ninguém prá traz" não incluía os servidores de carreira, mas só os comissionados com gordo 22% de reajuste.
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O posicionamento na maioria destes, plantou o fruto que hoje estão colhendo. Isso é fato e notório. O que fizeram na campanha eleitoral com o ex-prefeito, foi uma covardia. Até comissionado, bancava o Judas de gabinete, traindo a confiança e a consideração recebida. Sem falar nos apadrinhados que recebem gordo salário, sem profissionalmente fazer por merecer em detrimento dos demais servidores de carreira.
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Hoje quem almeja sentar na cadeira, sai da zona de conforto, e busca na simpatia na categoria, agregar vantagem política a sua imagem. Não precisa ter bola de cristal para ver este cenário. Fica uma pergunta: E o secretário de Educação? QUE ALMEJA SER O VICE...
Como é que fica nessa situação? Mais um queimado pelo mestre?
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Quem estuda as finanças, sabe que nem tudo é dificuldade por conta do "caixa da prefeitura". É só questão de remanejamento de orçamento. Por acaso já repararam que tem dinheiro para tudo, menos para o servidor neste momento?
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E qual é a estratégia? Colocar tudo em dia no ano que vem, passar o mel na chupeta do servidor, convocar os “bravos do magistério” que amam o prefeito de paixão (quem se lembra da capanha eleitoral passada sabe disso), e leva todos no bico para garantir mais uma reeleição.
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O golpe está aí....cai quem quer! Onde estão aqueles servidores que fizeram “casinha” para a secretária Margareth, na patifaria que fizeram com a mudança do horário de lanche das crianças? Hoje fecharam a boca? E o boca aberta? Porque não o convocam agora para incitar protesto contra a administração?
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E o secretário? Ah, o secretário...este faz o jogo do prefeito acreditando na fórmula infalivel da politica, e sendo mais um inocente útil na massa de manobra do chamado tetra-prefeito.
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Neste jogo de cartas, alguns serão descartados e há muitos no monte em meio da mesa para serem comprados. E o prefeito, mestre na arte do jogo político, sabe exatamente a carta que irá comprar. Resta saber, qual das cartas vai descartar. Até o fim do jogo, serão várias.
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Há que se registrar que valorizar o profissional de ensino, é o primeiro passo de investimento na Educação. Não adianda duplicar o número de vagas deficientes na rede, investir na reforma e ampliação das escolas, garantir dos kits escolares, com uniformes, materiais básicos, salas de informática, ar-condicionado, playground, merenda de qualidade e entrega de notebooks aos professores.
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A manutenção de um salário digno, seja para profissionais da educação, da saúde e demais servidores é o mínimo que se espera. Usá-lo como instrumento de articulação política é no mínimo falta de respeito a categoria tanto de um lado, quanto de outro. Até quando os professores e demais servidores serão usados como massa de manobra por políticos sem escrúpulo e servir de corda neste “cabo de guerra”?
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Para concluir, se alguém tem pretensão de sair candidato, esta é a hora menos imprópria para aplicar a Lei de Gérson. Querer levar vantagem numa corrida quando se perdeu na largada, mal vai chegar até a metade do caminho! E se tem uma coisa que não se esquece na política, é isso. E quando alguém pode apostar que o eleitor não tem memória, deve lembrar que hoje, tudo fica arquivado. E com certeza, no momento certo, será usado!
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