Um jovem de 16 anos, portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi agredido por um servidor da Guarda Municipal na última sexta-feira. O caso ocorreu numa unidade da UPA, em Ponta Grossa, nos campos gerais mas só foi revelado na tarde de ontem. A mãe denunciou o caso à ouvidoria da prefeitura e ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Polícia Civil (PC-PR), que formalizou um boletim de ocorrência.
A mãe do adolescente contou que, na sexta-feira (2), levou o filho até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) porque ele estava em surto. Segundo ela, à tarde, uma enfermeira decidiu chamar a Guarda Municipal depois de uma fala agressiva do adolescente. Ainda de acordo com a mãe, quando o guarda chegou, questionou se o menino era “o valentão”, e deu um tapa no rosto dele. A empresa que administra as UPAs de Ponta Grossa disse que o caso está sendo apurado.
Em nota, a prefeitura disse que o agente ficará afastado até que as investigações terminem. A Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública afirmou que não admite “ações em desacordo com os protocolos de segurança”. À reportagem, a delegada responsável pelo Nucria confirmou que vai abrir investigação. Conforme a mãe, o adolescente continua internado na UPA esperando transferência para tratar da situação de surto que inicialmente levou a família ao local.
Prefeitura vai testar câmeras nas fardas da Guarda Municipal
No fim de janeiro, a Prefeitura de Ponta Grossa divulgou que pretende iniciar em março os testes com câmeras corporais nas fardas de guardas municipais. Na ocasião, a secretária de Cidadania e Segurança Pública, Tânia Sviercoski, informou que a previsão é de que os testes tenham duração de até 90 dias, sem custos para o município. Inicialmente 10 guardas devem participar dos testes com aparelhos que contam com recursos como localização por GPS, vídeos em alta resolução, transmissão ao vivo e alerta de disparo de arma de fogo.
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