Caros súditos e súditos caros. Vocês já devem ter ouvido falar que no Reino da Dinamarca, toda a eleição de “primeiro ministro”, está atrelado a “conchavo político”, ou acerto de contas de campanha, o que não é proibido, nem ilegal. Mas imoral do ponto de vista que quem paga os conchavos, são os contribuintes do Reino.
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Os acertos geralmente ocorrem por baixo dos panos, e de comum acordo entre os “vassalos”, principalmente quando o grupo do Rei, elege a maioria. E na maioria dos reinos, este tipo de conchavo agrega dois tipos de “vassalos”. O que se julga mais esperto, chamado de “macaco velho” ou o mais fácil de manipular, geralmente recém chegados ao seu primeiro mandato.
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Qualquer que seja o eleito, os dois por algum motivo, vão acabar no cabresto do Rei. São engolidos por manobras planejadas antes mesmo da nova posse no trono.
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O Rei deita e rola, e com aval dos nobres pares que votam tudo o que ele manda. Até mudar imoralmente Leis para beneficiar “súditos” que o agraciaram em campanha. E os demais, sem vez e sem voz, ou entram na festa da malandragem, ou são subornados, ou acabam sendo “vassalos” de um mandato só.
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Geralmente, o “primeiro ministro” falastrão, que goza de benesses da corte, discursa em “ajudar” o reino, mas não fala em cortar as regalias, nem cargos desnecessário. Ao contrário, cria outros a fim de que o articulador do cargo que ocupa, possa indicar mais um apaniguado no cabide de confiança. Não basta o cabide no palácio do Rei, é preciso pendurar mais alguém onde possa haver brecha.
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Isto quando não busca atacar o direito básico de revisão salarial dos serviçais do reino, classe essa que muitos súditos estão na linha de frente de pandemias, arriscando suas vidas, inclusive sem equipamentos de segurança para o atendimento à população do Reino. Quem sabe até o direito de revisão das perdas salariais anuais, direito garantido a todo trabalhador na Dinamarca.
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Há que se colocar em discussão, que quem quebra o Reino não são os súditos de carreira, são as indicações políticas para ocupar cargo comissionado.
São súditos sem preparo nenhum, sem formação nenhuma e quem faz o serviço de verdade são os outros. Em alguns casos, estes apaniguados geralmente com salários mais gordos que de súditos de carreira, é que acabam com a imagem do serviço público no Reino.
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São estes que colocam a folha de pagamento a beira do “Limite Prudencial”.
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Esse que é o problema do Reino, o toma lá da cá, a troca de favores, o cabide de empregos.
Isto quando o tal “primeiro ministro”, não cria mais um cargo de confiança pagando ao indicado do Rei, quatro vezes mais que a maioria dos serviçais do Reino ganham. Ou seja menos de dois salários mínimos. Um serviçal que tem 25 anos de trabalho no castelo do Rei, não chega a ganhar dois salários e muitos destes, inclusive com curso superior.
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Uma vergonha depararmos com um “primeiro ministro” que se atreva a pensar nisso ou quiçá, aventar a possibilidade de fazê-lo por Decreto pagando ao aventureiro de Reino vizinho, cerca de dez salários.
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Um dos maiores desafios na política, é encontrar um “primeiro ministro” que trabalhe realmente para o povo, para o bem do Reino, não para seu grupo político, que acabe com as troca de favores e seja “macho” para fazer um requerimento pedindo a exoneração de todos os cargos comissionados nomeados pelo Rei. Quem ousaria a desafiar o “poder” do Rei e o exército em sua retaguarda?
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O que podemos ver é a possibilidade breve da criação mais uma teta, e a manutenção de um salário altíssimo, fora da realidade da maioria do povo do Reino. O “primeiro ministro” tem o poder de decisão e a chave do cofre. Mas não usa o tesouro sem consultar o Rei. E finda a gestão, e sê vê obrigado a devolver ao Rei, tudo o que economizou ao longo do ano, até mesmo em detrimento das necessidades e da aparência de abandono que se apresenta o prédio do ministério ao lado do palácio real.
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É preciso que a população do Reino tenha conhecimento disso. Que para a maioria dos serviçais, a media salarial está abaixo de dois salários mínimos.
E o “primeiro ministro” almeja criar mais cargos com proposta indecorosa de salário de marajás, está fora da realidade do Reino. E o mais absurdo ver a possibilidade dessa manobra, em plena pandemia, quando há serviçais colocando a vida em risco para enfrentar situações adversas.
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Uma das funções do “primeiro ministro” é também fiscalizar, e isso, não está sendo feito.
O que se percebe, é que mais uma vez, o Rei puxa a rédea, e o “primeiro ministro” torce o pescoço para o lado que “Sua Alteza” deseja.
E assim, seguem-se os dias no Reino da Dinamarca, onde cujo Rei, articula e manipula a cada dia a manutenção da monarquia e do poder no Reino. Paradoxalmente, felizes são os que estão começando a sentir que "há algo de podre no Reino da Dinamarca".
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