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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024
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A POLÍTICA E O VEREADOR CARRAPATO

Conhecidos por viverem "grudado" nas barbas do executivo, este tipo de parasita insiste em afirmar que poderes caminham juntos

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
A POLÍTICA E O VEREADOR CARRAPATO
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  Caros leitores e eleitores caros. É comum a gente se deparar nas redes sociais com os chamados analfabetos políticos. Aquele tipo que acha que entende tudo mas não sabe nada. É o tal que não tem o que mostrar e usa as redes sociais para debates sem fundamento, apenas para ganhar exposição midiática e achar que sua opinião equivocada está certa.  Acha que está na crista da onda. 

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   Passam anos no poder e não conseguem aprender a diferença de atribuições entre o Executivo e o Legislativo. Para este tipo de político, "todo mundo é parça". Principalmente quando devem favores, como um emprego para alguém da família, por exemplo. Fica devendo até a cueca e pagando de puxa saco à luz da sociedade.

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Estas figuras são conhecidas por serem seres ectoparasitas, ou seja sugadores de méritos. Qualquer obra ou ação positiva do Executivo, está lá o político grudado no saco tirando vantagem.  É o tal do "nós estamos fazendo"... e estica o pescoço para aparecer na foto, como papagaio de pirata.

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O perigo que este tipo de parasita oferece, além de deturpar as atribuições de poderes independentes podem transmitir sua doença para outros, menos esclarecidos convencendo-os de que o errado é que está certo.  É o chamado hematófago, cuja carreira se vale de alimentar-se do trabalho dos outros. E quando contrariado, insiste em dizer que "se não caminhar juntos" não se constrói nada. Balela!

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O Executivo tem responsabilidade direta sobre os serviços públicos, tais como saúde, educação, segurança e infraestrutura. O Legislativo tem a função de propor, discutir as leis, representar a sociedade e acima de tudo fiscalizar o Executivo.  Em nenhum artigo aponta o que o ectoparasita está com a razão. Os poderes são distintos e cada um tem sua função. Exceto quando seu compromisso foge do propósito para qual foi eleito. Serve ao prefeito e não a população.  É o parasita de oportunismo político.

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Será que fechar os olhos para atos de improbidade administrativa, ou mesmo corrupção é caminhar juntos para o bem comum? Não questionar nomeação de condenado por corrupção em cargo público, dar-lhe um gordo salário enquanto nega subsistência a própria família, quando não meter a mão em dinheiro destinado à saúde pública, é  afirmar que o judiciário caminha junto?

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Vejam o absurdo que este tipo de parasita chega a comparar. Será que isto também é de interesse público? Faz parte de "nossa administração"?  Sim nossa administração... porque o parasita vai grudado onde o hospedeiro está. Precisa estar na sombra porque o sol brilha para poucos. Geralmente para quem tem o que mostrar, sem dependência do sangue alheio.  Quando o parasita aprova até o que está errado, de fato, está administrando junto?

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Neste caso ou é conivente, está no cargo errado, ou não conhece as primícias de suas atribuições. Ao vereador cabe elaborar as leis municipais e fiscalizar a atuação do Executivo. O que for além disso, está fora do contexto. É por isso que os não parasitas, são chamados de opositores.

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Mas há que se entender que as críticas são importantes para mobilizar o Poder, mas seria melhor se as ações do "sabem tudo" contribuíssem mais para a sociedade, que para seus interesses próprios. Chega ano de eleição, sai batendo cabeça, e postando absurdos em redes sociais. "Nossa administração transformando bairros", e o povo amargando na fila da saúde em detrimento de obras menos importantes que a vida.

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E onde está a responsabilidade do parasita eleito? No ajeitar um emprego para familiar, no aprovar o irregular para regular, o desnecessário pela prioridade? Esta é a bandeira de "nossa administração"?  Perseguir quem se atreve a contrariar? A eleição está aí e vamos continuar nesta trincheira, gostem os parasitas ou não.

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As denúncias e críticas estão sintonizadas com o pensamento do cidadão consciente. E isto se reflete no legislativo quando o cidadão eleito tem compromisso de verdade com seu eleitorado. Já os parasitas, procuram a prática de desqualificar o adversário. Não é assim que se constrói uma gestão bem articulada que possa ser chamada de "nossa administração".

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Combater o posicionamento isolado de um ou dois opositores não vai arrefecer sua postura crítica em relação à sua responsabilidade, de enxergar o que acontece e não balançar a cabeça como o carrapato. Este só move a cabeça para cima e para baixo em sinal de assertivo consentimento. Só neste movimento consegue sugar. Não move a cabeça para os lados em sinal de negação porque seu exoesqueleto atrofiado pelo "compromisso" não permite.

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Destarte, destaca-se a necessidade do legislador consciente continuar apurando, cobrando e fiscalizando a gestão. Estar afinado e ser coeso ainda que em minoria, estes tem na opinião pública das ruas sua preferência. Administrações geralmente acertam pouco principalmente diante do que prometeu. E não vamos aceitar provocações e intimidações porque tem muita coisa errada a ser revista. 

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A começar pela postura de quem se diz "representar a população", fazendo vistas grossas em troca de favores. A boa oposição é o combustível para um governo próspero. É importante que ela mostre aquilo que está errado, mas é preciso reconhecer também que o prefeito tem feito muito. Sabe que precisa melhorar, mas da a entender que esta trabalhando para isso. E nesse particular, a oposição contribui muito mais que os parasitas. 

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Reza uma fábula que um determinado candidato a prefeito, encontrou um garotinho na rua, com um cesto coberto por um pano. E para fazer média com o menino, perguntou!

_O que você está vendendo aí menino?

_Não estou vendendo nada, procuro alguém para adotar estes filhotes.  O candidato então abriu a tampa do cesto e lá estavam quatro gatinhos, recém nascidos, todos ainda frágeis, de olhinhos fechados. Então perguntou ao menino. Semana que vem é eleição. Estes gatinhos vão votar em mim ou vão fazer oposição?

Ao que o menino respondeu.

_Eles pretendem votar no senhor, é claro. 

_Muito bem, respondeu o candidato a prefeito fechando o cesto e batendo carinhosamente na cabeça do menino.

Passado alguns dias, e já decorrido a eleição, o então candidato já eleito, volta a reencontrar o menino com a mesma cesta.

_ O que está vendendo aí menino?

_ Não estou vendendo nada. Procuro pessoas para adotar estes filhotes.

O prefeito então abre a tampa da cesta e observa os filhotes saudáveis, agora brincalhões e espertos. E então brincando com o menino perguntou.

_ Estes gatinhos votaram em mim, ou na oposição?

_ Na oposição, respondeu firmemente o menino. Indignado, o prefeito pergunta: 

Ué, não são os mesmos gatinhos daquele dia?

_São sim, respondeu o menino. Mas hoje todos ficaram esperto e estão de olhos abertos.

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Então é assim que o verdadeiro legislador deve se comportar. Parasitas que andam pendurados no hospedeiro, carrega consigo o DNA de erros e acertos, o que torna-se um risco.  Principalmente quando demonstra ser mais desinformado acerca de suas atribuições do que parece.

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É preciso ter a conscientização do discurso para entender as criticas de oposição nem sempre significa retrucar o que está sendo feito, mas a forma que vem sendo conduzida.  Concordar com termo aditivo de dois milhões numa obra orçada em nove milhões com pouco mais de quarenta por cento executada, é apenas um exemplo.

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E não há remédio melhor para acabar com os carrapatos, que voto consciente na urna!

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
Comentários:
Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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