O Paraná teve um crescimento de 20% nos feminicídios na comparação entre os meses de janeiro e setembro de 2024 e 2023. Neste ano, 70 mulheres foram mortas no estado. No mesmo período do ano passado, foram 58 crimes deste tipo. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8) pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. O maior crescimento aconteceu em Curitiba, que saiu de um feminicídio no ano passado para 7 em 2024, uma variação de 600%. Em seguida está Sarandi, próximo a Maringá, na região, com aumento de uma para 2 mulheres mortas, uma elevação de 100%.
Bandeirantes, no norte pioneiro, teve um crescimento de 50% nos assassinatos de mulheres, saindo de 2 mortes em 2023 para 3 neste ano. O secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Teixeira, argumentou que o número de feminicídios aumentou não somente no Paraná, mas no Brasil inteiro. "O feminicídio é elevado no país inteiro, e no nosso estado não é diferente. Temos a campanha Mulher Segura, onde houve um aumento de notificações de violência doméstica, ou seja, a mulher está sendo encorajada a denunciar. Nos municípios onde houve essa campanha, tivemos uma redução de 30%. Agora vamos ampliar a medida para outras cidades", comentou.
Queda nos homicídios
O levantamento mostra ainda que o Paraná teve queda de 7,6% nos homicídios dolosos, quando há intenção de matar. Entre janeiro e setembro de 2024, 1.260 pessoas foram assassinadas. No mesmo período do ano passado, foram 1.364 mortes. As ocorrências foram registradas em 238 dos 399 municípios do estado.
Em Curitiba, por exemplo, a queda foi de 12,7%: 131 homicídios em 2024 e 150 no ano passado. A redução foi maior em Londrina: 39,7%. Foram 35 assassinatos neste ano e 58 até setembro de 2023. Em outras cidades, como Ponta Grossa, Cascavel e Maringá, a Secretaria de Segurança Pública identificou aumento nestes crimes. "A redução foi significativa em todo o estado, mas percebemos que alguns municípios registram homicídios com mais frequência. Vamos focar mais nestes casos, com as polícias atuam juntas", afirmou Hudson Teixeira.
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