Você leitor caro e caro leitor já deve ter se deparado alguma vez em ter vontade de chamar a imprensa de "lixo" num dia para depois elogiar o que lhe convém. Isso não fortalece a imprensa nem a democracia. Críticas razoáveis, e fundamentadas são desejáveis e necessárias na democracia, embora isto seja indigesto para muitos. Geralmente quando se vive numa sociedade politicamente corrupta. A verdade incomoda e por vezes, a fonte é tida como "a dona da verdade".
O mesmo vagabundo que processa um jornalista alegando ter sido execrado publicamente por milhões de visualizações dado a exposição de seus podres por baixo do pano, é o mesmo vagabundo que nega entrevista dizendo que sua mídia não merece crédito. Ué... então a moeda só tem valor de um lado?
Só que não. Hoje ao fazer um post num grupo de rede social, minha nota foi "questionada" por não revelar a fonte. O interlocutor provavelmente desgostoso ou em desacordo com o publicado, fez postar duas notícias as quais toma como "fonte confiável" duas grandes empresas jornalísticas bancadas com dinheiro sujo e bandeira comunista. Logo, essas "fontes" são confiáveis... é como uma globolixo da vida ou extensão dela.
Nós, jornalistas, não somos os donos da verdade e nem nos pretendemos assim. A liberdade de imprensa custa caro justamente porque não se pode ter lado, (ou pode)... se você combate o político corrupto, então você é parcial. Não pode estar atenta aos desmandos dos que estão no poder. Isto é parcialidade. Falhas acontecem, é claro. Mas o que e mais saudável: desqualificar completamente a imprensa que não tolera corruptos ou lutar para que ela melhore?
Não são poucos os que consideram a imprensa um dos pilares da democracia, e com razão. Apesar de veículos terem sim interesses comerciais, não foram poucas as vezes em que os jornalistas conseguiram impor a realidade dos fatos. E quem contraria o poder, é perseguido, cerceado, investigado, fiscalizado e até ameaçado de morte, como já aconteceu comigo.
Na minha atividade que, embora precise ser remunerada e dependa de dinheiro para existir, tenho meus próprios princípios e preceitos éticos. Se não fosse assim, há tempos que nosso trabalho teria sido completamente engolido e incorporado à publicidade e ao entretenimento. Para se ter uma ideia, nestes últimos dois anos em que fui mais perseguido, foi onde mais ganhei leitores. Mantinha quinzenalmente um periódico impresso com circulação limitada atingindo 10 mil leitores no mês. Hoje tenho mais de 150 mil leitores inscritos e chegamos em 2022 a quase um milhão de acessos. Uma média de 8,2 mil acessos ao dia. Um avanço considerando que poucos são os patrocinadores. Poderia dobrar o número de leitores com impulsionamento nas redes sociais. Mas isto custa dinheiro.
Mas fato curioso, é que nosso técnico de TI, nos informa que o maior centro de acesso ao nosso site de notícias, 63,7% deles, vem de servidores de órgãos oficiais. Por meio da tecnologia TCP/IP, um modo de comunicação baseado no endereço de IP (Internet Protocol). Este IP é o endereço de cada um dos pontos de uma rede, e cada ponto da rede consiste em um computador que, por sua vez, se interliga a outros computadores, formando uma verdadeira “teia de redes”. Logo alguém no poder público anda muito interessado em tudo que postamos. Agradecemos a preferência... até porque sabemos quem está aí, do outro lado. Desde a saída do Backbone, passando pelo provedor de serviço e o usuário final.
Existem os papagaios de microfones que recebem verba oficial para baixar o porrete em quem incomoda os marginais de colarinho branco na mesma medida em que pesa como advogado do diabo, em troca de umas boquinhas em palanques. Estes não são parciais, embora alguns nem tenham sequer o primeiro grau e se passam por "formadores de opinião" travestidos de "jornalistas"... Não sabem a hora que a galinha dorme e se acham dono da verdade! Mas tem ficha mais suja que puleiro de galinheiro.
Por isso temos de defender a liberdade de imprensa quando é conveniente e quando é inconveniente. Temos de lutar por sua democratização, para que reflita os pontos de vista existentes em um país (e em um mundo) complexos. Na democracia, devemos lutar sempre por mais jornalismo, nunca menos. Mesmo que a verdade as vezes incomoda, buscando abrir os olhos de quem não quer ver, ou tentando abrir os ouvidos de quem não quer ouvir.
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