Caros leitores e eleitores caros. Já há algum tempo, esta coluna não merecia assuntos relevantes, mas levando em conta os últimos acontecimentos, o que não faltou esta semana, é pauta para muita conversa. O ditado “para quem sabe ler, um pingo é letra”, não deve servir para todos que se dizem alfabetizados.
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Até porque, nem todos que sabem ler, conseguem interpretar o que leem. Logo, entendem o que quer, ou o que lhe é de aprazível interesse próprio, ou de terceiros. Senão vejamos: Na frase, Você tomou café pela manhã hoje? O que dá a entender?
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Que você apenas ingeriu a bebida destilada do fruto do cafeeiro, torrado e moído, passado no saco com água fervente, e adoçado com açúcar ou sacarina, ...ou que fez um desjejum pela manhã? Para um bom entendedor, e bem intencionado, o café da manhã significa tradicionalmente um desjejum. Certo?
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Na cultura, usos e costumes brasileiro, isto significa, um café com (ou sem) leite e um pão com margarina (até porque a manteiga é só para quem pode tomar café de R$ 35 reais o quilo), significa CAFÉ! Logo quando se refere a café da manhã, subentende-se café com pão.
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O evento ocorrido no barracão com o café da manhã, foi apenas uma forma de chamar a atenção para que as coisas andem dentro da Lei e sem prejudicar o servidor. Embora a manchete da matéria tenha referência ao café, teve gente que não se deu ao trabalho de ler o subtítulo que explica “faltou pão no barracão”. Ora, e faltou porque?
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Pois bem, não só faltou o pão, como venceu a licitação. Este foi o tema da matéria. Essa conversinha mole de “falha de logística” é desculpa de quem não tem procuração para advogar em defesa das falhas na administração. Será que abordar o cafezinho de custo absurdo do prefeito, doeu no cotovelo de alguém?
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Puxar o saco é uma coisa, fazer vistas grossas para quem tem a obrigação de fiscalizar é outra. Ninguém quer saber se ontem faltou café, pão, ou leite por problemas falta de farinha ou de logística. Isto não interessa. O que foi questionado é porque mesmo tendo ciência que há 90 dias acabou a licitação, passaram-se inclusive o prazo aditivado para manutenção do pão, e, ainda assim não se tem conhecimento de uma nova licitação. Esta é a questão! A falta do pão, é foi consequência disso?
Isto é o que interessa!
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Então, sugerimos a pessoa interessada em defender as falhas do sistema, que nos apresente a nova licitação em vigor, ou explique como é que vai ocorrer a “compra do pão” como diz, “nunca irá acabar”. Vai fazer dispensa? Vai comprar dentro do que regulamenta a Lei? Ou vamos ter que ir mais a fundo e convidar de novo o Ministério Público para apurar o que vai ocorrer daqui para frente?
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Aliás, apurar fatos relacionados ao executivo, é obrigação que quem foi escolhido para representar a população, e não para servir de advogado do prefeito, justificando a falta de pão. A população quando elege um vereador, espera de seu gabinete, mais do que puxar o saco do prefeito, fiscalizar e cobrar que se corrijam as falhas. Também espera que servidor pago com dinheiro público, não fique nas redes sociais de ti-ti-ti durante o expediente.
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Será que o vereador cujos companheiros de trabalho ficaram sem o pão, assina embaixo a opinião da subordinada?
Essa coisa de servidor que ocupa cargo de confiança, pago com nossos impostos, sair em defesa de falhas na administração, por partidarismos ou por que deve algum tipo de favor, (como o cargo que ocupa, por exemplo), está agindo em detrimento quem está sendo prejudicado, e está fora de seu papel.
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Sendo assim, seu papel é desnecessário. Ou então voltar para a escola, aprender a interpretar texto, depois estudar direito e aí conquistar cargo público enfrentando concurso. Só assim pode se achar no direito de dar sua opinião para justificar o injustificável. Enquanto for pago com dinheiro público, ocupar cargo nomeado com gordo salário, estará a disposição apenas para servir.
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Mas ao seu vereador e os interesses da população que procuram o seu gabinete.
Ou seja, servir os interesses da sociedade, não de grupo político ou a quem queira puxar o saco! Para isso a população de Ibiporã não precisa de representante! Já fez sua escolha nas urnas.
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Ficaria mais bonito e sensato, dar uma explicação objetiva, clara, e não em tom jocoso de picuinha, coisinhas típicas de Matilde. Dinheiro público é coisa séria e precisa ser bem empregado! Promover politicagem no telefone em rede social durante o expediente de trabalho é no mínimo falta do que fazer! Até porque os computadores da Câmara já são bloqueados para evitar isso. Gente desocupada de picuinha nos Apps.
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Para ser porta voz da Câmara, o vereador conta com um profissional de imprensa, que cumpre expediente para isso. Pois bem, quem diz que “sabe da importância” para os funcionários enfrentar um dia duro de trabalho, deveria começar a cobrar a administração para que tal fato não se repita, e não querer justificar a falha, e que “é normal em qualquer lugar”, porque não é.
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Serviço Público é coisa séria e merece ser levado como tal. A postagem da assessora foi infeliz. Ela deixa transparecer que está mais preocupada em defender a falha da administração do que o café da manhã do servidor! Lamentável!
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