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Domingo, 13 de Outubro de 2024
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Procon notifica CBF após site de venda de ingressos para Brasil e Equador retirar anúncio de gratuidade para menores de 7 anos

Ao ser questionada por pais, FutebolCard recomendou eles adquiram entradas para os filhos 'por precaução'. No entanto, ingressos para a partida esgotaram

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Procon notifica CBF após site de venda de ingressos para Brasil e Equador retirar anúncio de gratuidade para menores de 7 anos
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      O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR) notificou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após o aviso de gratuidade de ingressos para o jogo entre Brasil e Equador para crianças menores de 7 anos ser retirado do site da empresa FutebolCard.  A partida, que faz parte das Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2026, ocorre nesta sexta-feira (6), no Estádio Major Antônio Couto Pereira, em Curitiba. No domingo (1º), os ingressos começaram a ser vendidos pelo FutebolCard – que afirma ser o maior portal de venda de ingressos do Brasil e também foi notificado pelo Procon-PR.

   Quando a venda foi liberada, às 20h, um aviso de gratuidade para crianças menores de 7 anos era veiculado no site. O texto indicava que "criança menor de 7 anos tem direito a gratuidade" e que, para ter acesso ao estádio, ela deverá estar acompanhada do responsável legal e comprovar a idade mediante apresentação de documento de identidade. Porém, cerca de duas horas depois, o aviso foi retirado. A notificação do Procon se baseia também em uma lei estadual que assegura o acesso gratuito de crianças menores de 12 anos, acompanhadas de responsáveis, à atividades esportivas realizadas em estádios e ginásios localizados no Paraná.

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   A determinação está em vigor desde janeiro de 2012. Da mesma forma, a Defensoria Pública do Paraná recomendou que a FutebolCard, a CBF e o Coritiba garantam a entrada gratuita de crianças menores de 12 anos, como prevê a legislação paranaense. Segundo o órgão, caso haja reclamações e comprovação sobre a proibição, o Núcleo de Defesa do Consumidor afirma que "adotará as medidas cabíveis para reparação de eventuais danos". 

Insegurança e confusão

   Marcel comprou ingressos assim que as vendas iniciaram e pretendia levar o filho de 6 anos Arquivo Pessoal A mudança causou confusão entre os torcedores que pretendiam levar os filhos menores de 7 anos ao jogo, como é o caso de Marcel Ferreira da Costa, que comprou ingressos assim que as vendas iniciaram, e pretendia levar a família, inclusive o filho, de 6 anos. "Vi o aviso [de gratuidade] tão logo anunciaram a venda de ingressos, inclusive printei e mandei a um grupo de pais dos colegas de futsal do meu filho [...]. Printei como informação, já que seria uma benesse para os colegas do meu filho, todos menores de 7 anos.

   No fim este print acabou sendo uma prova da veiculação da informação no site do FutebolCard", conta. Confiando no aviso do site, Marcel não comprou o ingresso para o filho de 6 anos. "A informação fez com que a gente não comprasse o ingresso dele, afinal, se você tem uma informação oficial, do site de venda de ingressos, dizendo que tem gratuidade até sete anos, sem a necessidade de retirada de algum voucher, sendo suficiente apenas a apresentação do documento de identidade válido e a presença do representante legal, eu não vou comprar um ingresso de R$600,00 à toa"

   Depois da retirada do aviso, ele questionou a FutebolCard, que disse que "ainda não tem informações sobre a política de gratuidade para o evento" e que "a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgará essas informações posteriormente". Na resposta, dada pela empresa no fim da tarde de segunda-feira (2), a FutebolCard recomendou a Marcel que ele adquira ingressos para o filho "por precaução". No entanto, as entradas para a partida esgotaram ainda no início da tarde daquele dia. Empresa disse que não tinha informações disponíveis sobre política de gratuidade para o evento.

   Após a resposta, Marcel entrou com um pedido de uma decisão liminar para que possa levar o filho à partida. O pai conta que o menino está empolgado para assistir o jogo, que havia combinado de ir junto com os amigos do futsal, e que ainda não sabe que corre o risco de perder a partida. "É um absurdo veicular uma informação e voltar atrás. Isto pode gerar muita insegurança e, acima de tudo, confusão, afinal muitos pais não sabem que a informação foi retirada e irão enfrentar uma situação complicada no acesso ao estádio, sem poder largar os filhos menores de 7 anos, e vão acabar perdendo seus ingressos também", lamenta Marcel. 

FONTE/CRÉDITOS: g1PR/Folha Portal
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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