O conhecido Ortopedista e Traumatologista ibiporanense, Doutor Mohamad Ali Geha Junior, de família tradicional no município e que atende na Multiclínica em Ibiporã está necessitando urgente de doação de sangue tipo (O-).
O sangue é de tipo raro e já chega a faltar no Hospital Evangélico. Daí o motivo de apelo aos amigos e a população em geral para que possam fazer doação para reposição do sangue ao banco do IHEL - Instituto de Hematologia de Londrina, seja qual tipo for. Basta informar no ato da coleta, em nome de quem está sendo feito a doação. A fim de um tratamento mais aprimorado, o ortoperdista foi transferido para São Paulo onde está sob os cuidados de equipe médica no Hospital Albert Einstein.
Amigos e conhecidos desencadearam uma série de apelos nas redes sociais, com o objetivo de restabelecer a falta do plasma (O-). Com várias especializações na área de ortopedia, o médico já vinha fazendo tratamento de saúde rotineiramente e na última semana teve seu quadro agravado. Com discrição a família se reserva a maiores informações sobre o estado clínico, mas agradecem as orações e intervenções à favor do restabelecimento de sua saúde. Quem puder doar, faça sua contribuição em favor da vida!
Entenda a raridade do sangue tipo O-
Devemos primeiro explicar o que são grupos sanguíneos e o que é o fator Rh. Trata-se de uma forma de catalogar o sangue com base nos antígenos que há na superfície dos glóbulos vermelhos. A primeira forma de classificar é mediante o sistema ABO, que identifica o sangue que possui antígenos A, o sangue que possui antígenos B, o sangue que possui os dois antígenos e o sangue que não possui antígenos, que é o O (ou zero). Quando dizemos que o sangue de uma pessoa é do grupo A é porque seus glóbulos vermelhos têm antígenos A na superfície, mas também há pessoas que têm sangue do grupo B, outras que têm do grupo AB e aquelas cujo sangue não contém antígenos A nem B, e isto é o que chamamos de O.
Antígenos, são substâncias capazes de desencadear a resposta imunológica do organismo, ou seja, a produção de anticorpos. Além do sistema ABO, o sistema Rh também ajuda a classificar o sangue e é composto por outros antígenos da superfície dos glóbulos vermelhos (o mais importante é o chamado antígeno D), cuja presença determina o que conhecemos como fator Rh. Dizemos que o sangue é Rh positivo quando esses antígenos estão presentes e Rh negativo quando eles não estão. É uma característica herdada, ou seja, o fator Rh que cada um de nós possui depende daquele que nossa mãe e nosso pai têm.
Logo o tipo sanguíneo Rh- é mais raro que Rh +, e isso se deve a uma questão genética. O tipo sanguíneo do Dr. Ali Geha Junior, não é muito frequente, mas de certa raridade. Estatísticas apontam que apenas 9% da população brasileira o possuam. Na Espanha, por exemplo, estima-se que 8% da população seja O- (no Brasil, 9%), e muito menos pessoas têm sangue B ou AB tanto com o fator Rh + como com o fator Rh-. Por exemplo, o grupo AB com Rh- é encontrado só em aproximadamente 0,5% da população espanhola. Mas isso muda dependendo dos países.
Ter um ou outro tipo afeta unicamente as transfusões de sangue e os transplantes de órgãos, porque em ambos os casos o sangue precisa ser compatível. Mas, com exceção da gravidez, não afeta a saúde de nenhuma outra forma. Na gravidez, sim, é necessário conhecer o Rh da mãe e o do feto, pois se a mãe for Rh- e o feto for Rh +, pode ocorrer no recém-nascido uma doença chamada doença hemolítica. Mas, felizmente, para os casos em que o sangue da mãe e o do feto são incompatíveis, existe um tratamento eficaz que evita os problemas.
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