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Quinta-feira, 28 de Marco de 2024

Entretenimento

Dia do Trabalhador: o que temos para comemorar neste 1° de Maio?

Data deve ser marco para reflexão e reivindicações, para que trabalhadores não levem o fardo de culpa pela crise do país

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Dia do Trabalhador: o que temos para comemorar neste 1° de Maio?
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Eis que chegamos a mais um 1°- de Maio que neste ano é comemorado neste sábado, onde a maioria dos cidadãos, não estão descansando. Mas dando duro no trabalho, cada um em sua atividade. Até os corruptos não param... A história do 1° de Maio teve início em 1886 quando trabalhadores norte-americanos foram as ruas das maiores cidades do país para pedir a redução da carga horária máxima de trabalho por dia. Por essa razão é que o dia foi escolhido como a data para ser celebrada como o Dia do Trabalhador, ou Dia do Trabalho, como queiram. É também uma homenagem a todos aqueles que lutaram por melhores condições de trabalho (isto não significa que eram sindicalistas), isto nem existia naquela época. Entretanto, desde então a data é marcada pelas reivindicações e conquistas dos trabalhadores (também não existia o PT) em diversas partes do mundo.

Ocorre que, ao direcionarmos nosso olhar para a realidade brasileira em especial nos últimos anos podemos facilmente nos fazer a seguinte pergunta. O que comemorar neste 1°- de Maio? Como se não bastasse a perda de direitos trabalhistas advindos do desmonte da a legislação denominada "Reforma Trabalhista", os trabalhadores brasileiros assim como do resto do mundo, se deparar com a Pandemia do Covid-19 que, por si só, já seria sensivelmente danosa aos trabalhadores, haja visto o risco de desemprego.

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Entretanto parece que nada é tão ruim que não possa piorar. Diante das medidas do Governo Federal que, supostamente deveriam lutar para manter o emprego e renda, os dados estatísticos nos mostram que os pobres ficaram mais pobres e os ricos, mais ricos. Ou seja, tais medidas buscam manter, garantir ou aumentar a renda e o emprego de quem? Não é novidade que faz tempo que o Trabalhador, o Servidor Público e a Previdência são encarados como culpados pela crise do país, dando espaço para a retirada de direitos e precarização do trabalho. O único ponto positivo é que este fato contribui para afastar a representação sindical, esta praga que tornou cabide de emprego e palanque eleitoral para marginais. Sem falar que leva parte do salário do trabalhador sem oferecer nada de positivo em troca. A maioria leva o trabalhador no bico e fazendo conchavos com patrões. Há muito a atividade sindical difere do que era preconizado constitucionalmente  nas negociações do Programa de Benefício Emergencial de Preservação de Emprego e Renda (BEm), que trata da redução de jornada e de salário do trabalhador.

E com isso, voltamos ao nosso 1°- de Maio, dia em que o país perdeu seu maior ídolo do esporte automobilístico numa tarde de 1994 (manhã no Brasil). O que tínhamos para comemorar naquele dia, tornou-se em comoção popular. Mas hoje, mais do que nunca devemos entender que o 1°- de Maio como uma data de reivindicações, cobranças e reflexões acerca do que desejamos, esperamos e queremos para o trabalhador brasileiro. Os números provaram que a retirada de direitos não geram empregos mais criaram precarização e informalidade. O fim dos sindicatos também não cheira e nem fede na vida do trabalhador.

Assim não podemos nos esquecer daquele 1°- de maio de 1886 nos Estados Unidos onde a marca foi a reivindicação, a não aceitação mansa e pacífica da exploração do trabalho do homem, pelo homem. O mais importante neste 1°- de Maio é ponderamos acerca de nossos conceitos ou preconceitos além de refletirmos sobre a importância e necessidade de os trabalhadores brasileiros serem respeitados, valorizando a dignidade da pessoa humana. sendo assim, viva nosso 1°- de Maio, viva o trabalhador brasileiro, sem comemorar porém, com muito ainda a reivindicar! Este texto pode não refletir a opinião de todos, mas com certeza, é o que pensa a maioria. Bom sábado a todos! Parabéns trabalhador!

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