O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou por peculato Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça, capitão do Corpo de Bombeiros, suspeito de desviar itens de um galpão da Defesa Civil do Paraná que concentrava doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Fogaça foi preso em flagrante, em maio de 2024.
O Ministério Público afirma que, no momento em que foi abordado, o capitão estava em uma distribuidora de bebidas, descarregando 21 fardos de energético desviados de um galpão cedido à Defesa Civil em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Conforme o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), no local também foram encontrados roupas, eletrônicos e instrumentos musicais, que, a princípio, foram doados pela Receita Federal para a Defesa Civil.
No início de junho, ele foi solto, mas desde então, o militar encontra-se afastado liminarmente das funções, segundo o MP. Caso seja condenado, ele pode perder o cargo em definitivo. Além disso, pode cumprir até 15 anos de prisão. Por meio de nota, o advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa de Fogaça, afirmou que o oficial enfrentará o processo e se compromete a esclarecer tudo à justiça.
Tio também foi denunciado
Segundo o Gaeco, no momento em que o oficial foi abordado ele estava em um carro com os itens. Segundo o Ministério Público, um tio do capitão foi denunciado pelo Gaeco pelos crimes de receptação e posse irregular de arma de fogo. O órgão informou que o processo ainda não foi recebido pelo Judiciário. As investigações apontam que junto com o capitão, o tio estava comercializando pela internet parte dos produtos desviados.
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