A Sessão extraordinária realizada pela Câmara Municipal de Ibiporã para referendar o reposição salarial dos servidores municipais em sua data base, continua dando o que falar. A insatisfação da categoria com a aprovação de 4,35% proposto pelo executivo não agradou se comparado com o índice concedido aos servidores comissionados. A votação só não foi unânime, porque teve voto contrário do vereador GiIson Mensato em sinal de protesto e não contra o repasse do índice ao servidor.
O pré-candidato a prefeito Emerson Petriv, o Boca Aberta, lamentou que o legislativo não saiu em defesa de um índice mais justo e sequer discutiram e defenderam a valorização dos servidores públicos, que levam os serviços até a população, trabalhando pela melhoria da qualidade de vida em Ibiporã. “Estes cidadãos praticamente assalariados, fazem um excelente trabalho em nossa cidade. Gestão nenhuma administra uma cidade como Ibiporã, com a insatisfação do servidor. Como a cidade pode crescer, e se desenvolver sem o trabalho deles ter reconhecimento do chefe do executivo? Quem carrega a nossa cidade, faz o dia a dia é o servidor público”, disse.
Boca Aberta lamenta que a Câmara não teve preocupação com o servidor. Lembrou que "chegando a prefeitura, vai em primeiro lugar valorizar os servidores de carreira, dispensando os "leitões mamões" e ocupar os mais de cinquenta cargos, com servidores competentes". Defende também "a necessidade de uma categoria mais forte e engajada com o Sindiserv para que não seja "envergonhada" com uma proposta indecorosa desta. O que o prefeito deu para o servidor foi uma esmola. Também não é admissível que uma categoria com mais de mil e quinhentos servidores, só tenham quinze representantes num sindicato. Um para cada cem servidor. Que força o sindicato tem com uma representação dessa discutindo demandas dos trabalhadores do município", questiona.
Apesar da proposta do Executivo ser acima do índice do INPC, Boca Aberta insiste que os estudos encomendados pelo Sindicato, ainda que num esforço em favor da categoria, não teve a sensibilidade do prefeito que tinha ainda uma folga de 6,6% e ainda estaria dentro do limite prudencial. Para o ex-deputado, não dúvida que o prefeito faz distinção entre os servidores de carreira e os cargos comissionados que receberam 23% ao longo do período. "O ano eleitoral não serve como desculpa para que um reajuste acima da inflação seja dado aos servidores de carreira. Nenhuma gestão vai à frente se não cuidar do funcionalismo público. Precisamos valorizar os nossos servidores, conscientizá-lo da importância de estar sindicalizado. O servidor precisa ter alegria em trabalhar e não pode temer perseguição”, comentou.
“Que no ano que vem possamos estar na frente da prefeitura para mudar isso. E não falo só sobre salários, mas o servidor também precisa ter condições dignas para desempenhar sua função. Que a Câmara Municipal tenha a dignidade de fazer uma sessão especial no Dia do Servidor com as honras que o servidor merece e não sacramentando uma merreca dessa. Mas comemorando um aumento digno, que o servidor possa garantir o sustento da família com dignidade. Haverá um tempo em que não será mais necessária a luta por melhorias porque a categoria será plenamente reconhecida e valorizada. A eleição está aí e é um momento de reflexão", finalizou.
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