Após a divulgação de um vídeo em suas redes sociais onde aborda o constante problema da falta de água no Balneário Tibagí, região sudeste de Ibiporã, o vereador Hugo Furrier (MDB) relatou na sessão da última segunda-feira (ontem 30) que tem sido procurado por cidadãos de alguns bairros relatando outros problemas relacionados ao serviço de água municipal, o Samae.
Desta feita, moradores do Jardim Tupy, relataram ao vereador que a pressão excessiva na rede de água tem causado danos e transbordos seja em lajes ou nas residências que possuem forro de madeira. Segundo relatou essa pressão elevada quando não rompe tubulações, causam vazamentos em conexões e registros, e em alguns casos danificam boias de caixa d'água provocando transbordo no interior das residências causando transtornos as famílias.
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Sem contar que tais problemas pode até aumentar o consumo de água em até 20%. O vereador observa que tal situação não é normal e a direção do Samae junto dos técnicos e engenheiros precisam dar uma resposta a sociedade. Furrier destaca que a administração municipal já criou mais cargos de confiança, inclusive com salário elevado, justificando qualificar alguns setores, e por a casa em ordem como no Samae e espera que estas situações sejam resolvidas. Tanto a falta de água no balneário, como o excesso de pressão na rede em alguns bairros, como o Tupy exemplificado. "Estou colocando estas situações em discussão porque somos cobrados pela população", disse o vereador.
A solução geralmente utilizada nestes casos pela Sanepar, por exemplo, é a instalação de uma válvula reguladora de pressão, que limita a pressão máxima de entrada no sistema. A pressão elevada pode forçar as tubulações além de sua capacidade, causando rompimentos e vazamentos em torneiras, chuveiros, máquinas de lavar e filtros que podem sofrer desgaste prematuro ou danos irreversíveis devido à pressão excessiva.
Além do mais, vazamentos e o funcionamento inadequado de equipamentos podem levar a um consumo maior de água, refletindo em contas mais altas. Em casos de pressão excessiva, a água pode transbordar dos reservatórios, causando inundações em áreas próximas. Os engenheiros costumam classificar este tipo de problema (com oscilações bruscas de pressão) como "golpe de aríete", um fenômeno que gera impactos violentos nas tubulações, semelhantes a marteladas, podendo danificar conexões e equipamentos.
"Este tipo de problema não é de hoje que a gente sabe que ocorre. E que estamos solicitando à direção do Samae é que dê mais atenção ao consumidor que paga pelo serviço. A empresa possui condições de planejar, fazer estudos e análises que possam resultar numa solução prática e rápida. É inadmissível que uma região como o Balneário Tibagí, enfrente o mesmo problema há mais de duas décadas e ninguém resolve. Os problemas que ocorrem na área central da cidade é outro caso que não vem de hoje. ", observou.
Ainda ontem na rua Getúlio Vargas, há uma quadra da rodoviária, um cano se rompeu dentro da parede de uma residência por volta das 19h00 e não havia como resolver de imediato o problema. A moradora que reside sozinha, teve que fechar o registro e aguardar até hoje de manhã para contratar alguém para quebrar a parede, localizar o rompimento da tubulação e fazer o reparo. Ela lembra que esta já é a terceira vez que isto acontece no seu endereço que possui três casas no mesmo quintal.
Além do infortúnio de fazer o reparo, terá que pagar um pedreiro para rebocar a parede quebrada por uma longa extensão até que foi localizado o dano. E aí?... de quem é a responsabilidade? Logo cabe ao Samae monitorar regularmente a pressão da água nestes locais, utilizando um manômetro para garantir que ela esteja dentro dos níveis recomendados. A pressão da água em redes residenciais geralmente varia entre 50 e 70 psi (libras por polegada quadrada), sendo 60 o ponto ideal.
FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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