A Agência Nacional de Avião Civil (Anac) informou em nota nesta sexta-feira (16) que vai iniciar uma "operação assistida" com a Voepass para "manter a prestação do serviço em condições adequadas". A decisão foi tomada uma semana após a queda do voo ATR-72 que deixou 62 mortos – todos os passageiros e tripulantes – em Vinhedo (SP), no dia 9, e de um pouso forçado de outra aeronave da companhia em Minas Gerais, nesta quinta (15). Representantes da empresa e da agência participaram de uma reunião, na sede da Anac em Brasília, nesta sexta-feira (16). O encontro foi fechado à imprensa e não houve entrevistas ao fim.
Segundo a agência, foram tratadas questões como intensificação da vigilância e monitoramento do serviço da empresa. "No atual contexto pós acidente aéreo, e considerando aspectos de fatores humanos, a Agência entende ser importante a intensificação da vigilãncia continuada e do monitoramento do serviços prestado pela empresa, estabelecendo patâmetos para evitar anormalidades na operação", disse a Anac.
A Anac é responsável por regular e fiscalizar as atividades de aviação no país, como os procedimentos para operação e manutenção de aviões. Jornal Nacional tem acesso, com exclusividade, a informações do gravador de voz do avião da Voepass Segundo a agência, o modelo que caiu em Vinhedo, ATR-72-500 da Voepass, é um turboélice com 74 assentos. Com 14 anos de fabricação, o avião estava com a documentação em dia e todos os tripulantes tinham habilitação válida. Como revelou o Fantástico, desde março, o avião vinha passando por problemas operacionais.
A aeronave passou por paradas de manutenção para resolver problemas com ar-condicionado, falha no sistema hidráulico e contato anormal com a pista. Já o pouso forçado em Minas Gerais ocorreu na noite de quinta-feira (15). O avião, que seguia para São Paulo, foi desviado para o aeroporto de Uberlândia devido a uma "questão técnica". Documento aponta itens pendentes de manutenção em avião da Voepass
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