Abel Ferreira falou abertamente neste domingo, depois da vitória do Palmeiras por 3 a 0 sobre o Fortaleza, sobre a necessidade de contratar mais um atacante. O trabalho nos bastidores já acontece e é silencioso, como já aconteceu nos últimos negócios fechados pelo clube.

Segundo apurou o ESPN.com.br, a intenção da diretoria alviverde é repetir os moldes do que fez, por exemplo, com nomes como Benjamín Kuscevic ou Alan Empereur, que chegaram sem grande alarde. No momento, os olhos estão na América do Sul, México e Estados Unidos.

O clube paulista realizou uma consulta aos norte-americanos sobre Taty, apelido do jogador. A ideia do Palmeiras é conseguir um empréstimo com opção de compra para o futuro. Para isso, porém, precisa convencer o New York City a ceder um de seus principais nomes e sua única opção de ataque para o início da MLS, em abril – a outra, o brasileiro Héber, está lesionado.

A ascensão de Castellanos nos Estados Unidos tem ligação direta com um personagem conhecido no Brasil: Domènec Torrent, ex-técnico do Flamengo. Foi o ex-auxiliar de Pep Guardiola quem descobriu o jovem, no Uruguai, e pediu sua contratação.

Embora argentino, Castellanos nunca jogou em seu país. Fez testes no River Plate e no Lanús, mas sem sucesso. Defendeu a Universidade do Chile, ainda antes dos 18 anos, e viu a carreira mudar no Torque, do Uruguai, clube que pertence ao City Football Group.

O grupo, que é dono do Manchester City, une também o pequeno Torque ao New York. Quando Dome assumiu a equipe norte-americana, teve acessos a vídeos de Castellanos. "Ele me queria a todo custo, tanto foi assim que tive que terminar meu empréstimo com o Torque seis meses antes", lembrou Taty, em entrevista concedida em 2019.

"Eu não entendo porque as pessoas falam, talvez, não sei, talvez elas achem que temos que esperar duas, três semanas... Me expliquem por quê. Quando você sente que um jogador está pronto para jogar, ele joga. Para mim, não é uma surpresa", elogiou Dome na ocasião.

A previsão do ex-técnico do Flamengo para o atacante, contudo, não é o futebol brasileiro. “Ele brinca que no ano que vem já não vou mais estar aqui, que vou para o ‘outro lado’ (Europa), diz que estou para algo maior. Mas estou focado no presente, e o que surgir mais para frente, veremos”, contou Castellanos, também no fim de 2019.

Segundo apurou a redação, ainda não há proposta oficial do Palmeiras a Castellanos, que, por sua vez, não vê com maus olhos uma transferência para o Brasil.

Se ele estiver realmente para coisas “maiores”, como previu Dome, o Palmeiras poderia funcionar como uma espécie de “ponte”, como já foi, por exemplo, com Yerry Mina.