Uma obra recente na Estação Elevatória do SAMAE no Jardim Tupy tornou-se alvo de denúncia de suposto “crime ambiental” que chegou a Câmara Municipal através do vereador Hugo Furrier . Num vídeo que circulou pelas redes sociais, o denunciante reclama do desmatamento ao redor da área da estação que foi cercada com palanques de concreto, e cerca de arame protegida por cercontinas ao que custou aos cofres públicos R$ 25 mil reais.
Mas o que chamou a atenção foi a forma em que foi “desmatada” a área com as árvores arrancadas até a raíz e não apenas uma poda ou limpeza do local que fica a menos de 30 metros da margem do córrego. Lembrando que o Samae está instalando novos reservatórios na cidade para melhorar o abastecimento, e o Jardim Tupy como área de foco, tem como objetivo bombear água para pontos mais altos, garantindo pressão adequada para o abastecimento. Isto para resolver problemas de baixa pressão na rede de abastecimento de água, melhorando a qualidade do serviço para os moradores. Porém não justifica danos ao meio ambiente como pode ser constatado no vídeo em questão que circula pelas redes sociais.
Mas e o Meio Ambiente?
Este foi o questionamento do vereador Hugo Furrier (MDB) na sessão da Câmara Municipal na última segunda feira onde foi verificar “in loco” a denuncia apresentada. Furrier questionou o que chamou de “mau exemplo” considerando que o cidadão comum não pode sequer podar uma árvore sem autorização ou ciência da Secretaria de Meio Ambiente, estando sujeito a multa. E a autarquia do município chega e derruba como quer. “Não vou para o Ministério Público porque foi criada uma secretaria específica e cargos exatamente para isso. Será que é só eu que estou vendo?”, questiona o vereador cobrando ação do secretário titular da pasta, Alberto Baccarim.
O outro lado
O Secretário de Meio Ambiente Beto Baccarim foi ouvido pela nossa reportagem em relação ao assunto. Relatou que tomou conhecimento da denúncia através do instagram do vereador Hugo e que, imediatamente se dirigiu ao local e constatou que de fato havia uma árvore da espécie “Leocena”, de categoria exótica e que não é nativa de nossa região. Entretanto, isto não justifica o que foi feito”, disse o secretário reafirmando que a mesma não é protegida por Lei como foi equivocadamente citada no vídeo.
“Durante nossa inspeção no local, fizemos um levantamento dos fatos e encaminhamos um ofício ao Samae para que a autarquia intimasse imediatamente o prestador de serviços para que proceda toda a limpeza daquela área e fazer a compensação ambiental com o plantio de vinte árvores nativas no entorno da estação”, observou Baccarim que aguarda ainda uma resposta do Samae. “Assim que tiver o retorno, vamos tornar público as providencias tomadas”, finalizou.
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