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Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2024
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"Resistir" é a palavra de ordem aos profissionais da educação, destaca deputado Requião Filho

O parlamentar esteve ontem à noite em Ibiporã reunido com lideranças, professores e profissionais da educação

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Folha Portal/Divulgação/PV
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    Membros da Federação Brasil da Esperança, e o presidente do Partido Verde em Ibiporã, Cezinha da Feira, realizou na noite de ontem em Ibiporã um encontro do Deputado Estadual Requião Filho, lideranças politicas, professores e servidores da educação para um bate-papo sobre o assunto do momento: a Educação e seu futuro no Paraná.

     Cerca de 30 pessoas dentre elas, o ex-prefeito João Toledo Coloniezi,  participaram da roda de perguntas e respostas sobre o tema e a visão em particular de cada um dentro de sua realidade na ocupação de seus cargos, recebendo de Requião Filho, respostas, exemplos que a experiência política lhe proporciona e o seu ponto de vista como legislador em relação a atuação da APP Sindicato e sua força, que já foi mais significativa e esteve mais presente em relação a categoria.

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    Considerando o número de profissionais da educação, e o horário propício para a reunião podemos dizer que esperava-se mais engajamento da categoria. Percebe-se que os "mais interessados" estão mais preocupados em expor suas opiniões em grupinhos de redes sociais do que discutir o assunto como realmente deveria.  Oposição firme ao governo do estado, Requião Filho destacou a importância da resistência da categoria e a participação dos professores em levar a discussão para a sociedade em que cada um está inserido. Resistência é a palavra de ordem no momento, cujo tema relembrado por alguns presentes foram os episódio do embate entre a categoria no passado contra Álvaro Dias, Jaime Lerner e Beto Richa.

      O projeto que visa terceirizar a gestão de escolas estaduais no Paraná deu errado no mundo todo, afirmou o deputado citando exemplos como a Suécia que tentou privatizar seu ensino e deu errado. "O país voltou atrás e pediu desculpas à sua população. Os Estados Unidos tentaram privatizar o ensino e não há nenhum estudo que comprove a melhoria, mas apenas o aumento de custos dos ensinos. O Reino Unido tentou privatizar e voltou atrás", citou como exemplos.

   Requião Filho defendeu que é o momento de fazemos uma reflexão sobre a história dos golpes realizados pela classe dominante em nosso país e sua relação com a educação. E o que está ocorrendo hoje, não é muito diferente. Requião Filho destaca que ser contra este modelo na educação esta não é uma questão de ideologia politica, ser governo de esquerda ou direita, mas é um problema da sociedade, cuja experiência está fadada ao fracasso.

   E o deputado em parte tem razão: Se reiteramos análises de aspectos legais, confrontando-os com as propostas educacionais progressistas, reconhecendo a década de 1980 como um marco na história da educação brasileira percebemos que os processos de resistência se fazem na sociedade civil e nas instituições. E isto parece estar aos poucos acabando quando o próprio fracasso nos movimentos está demonstrando isso.

E cabe uma pergunta: Quando foi que os movimento sindicais se curvaram ante intimidações do governo estagnando uma greve, como estamos vendo agora?  A sugestão para que a greve com efeito contrário seria uma solução? Ou seja, com os profissionais da educação todos em seus postos de trabalho recebendo os alunos diariamente mas de braços cruzados como foi proposto...

  Vale lembrar a história que a vitória de forças de esquerda vem desde as eleições de 2002 que abriu caminhos para se confrontar as políticas neoliberais do período de Fernando Henrique Cardoso passando pelo governo Michael Temer atacando violentamente os direitos da classe trabalhadora e, no ensino médio.  Agora estamos vendo mais uma vez um "avanço conceitual e estrutural", imposto a toque de caixa com esta PL camuflada de reforma. 

    Por fim, na reunião ficou evidenciado que todos ali defendem a retomada das lutas em defesa da educação pública gratuita, laica e das concepções da escola unitária e de formação de caráter.  O ensino público não pode ser privatizado o que requer além de uma uma perspectiva de resistência, a mobilização de toda a sociedade contra estas pseudo-reformas  que interessa a poucos.

Como bem o disse Requião Filho ao final da reunião: "Vão afunilar as exigências para as empresas a serem licitadas de modo que permaneçam apenas quatro ou cinco que possam atender os interesses do governo, o que é um perigo".  Não há duvida que o Brasil vive hoje um país tão dividido politicamente e arrasado, com o resultado das urnas. Mas a sociedade como um todo, precisa concentrar esforços em uma reconstrução.  Seja a nível de Estado ou de Governo Federal porque pode vir aí outras surpresas como novo regime fiscal, reformas trabalhistas da previdência e educacional como já estamos vendo.

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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