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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2024
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Negócios

Governo do Paraná formaliza venda da Copel na Bolsa de Valores por R$ 5,2 bilhões

Formalização ocorreu na manhã desta segunda-feira (14), em São Paulo, com participação do governador Ratinho Junior.

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Governo do Paraná formaliza venda da Copel na Bolsa de Valores por R$ 5,2 bilhões
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     O Governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), participou da cerimônia de toque de campainha que encerra a oferta de ações da Companhia Paranaense de Energia (Copel), em São Paulo, nesta segunda-feira (14). Com isso, a empresa deixa de ser uma companhia e vira oficialmente uma corporação.

   Os nomes dos novos investidores ainda não foram divulgados e a reportagem aguarda retorno do governo. Os novos investidores realizaram as reservas com os bancos e instituições financeiras que atuaram como coordenadores de oferta. São eles: O Banco BTG Pactual S.A.; Banco Itaú BBA S.A.; Banco Bradesco BBI S.A.; Banco Morgan Stanley S.A.; UBS Brasil Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A. Internacionalmente, as ações no exterior foram intermediadas por: BTG Pactual US Capital, LLC; Itau BBA USA Securities, Inc.; Bradesco Securities, Inc.; Morgan Stanley & Co. LLC; UBS Securities LLC (em conjunto, “Agentes de Colocação Internacional”).

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   No discurso, o governador disse que a empresa é um grande patrimônio dos paranaenses e que continuará sendo, pois o estado continua sendo o maior acionista. "A Copel precisava ter uma modernização para que ela pudesse nos dar garantira que, nesse crescimento que o Paraná vem tendo, teria energia suficiente para abastecer todos os investimentos que estão sendo gerados no nosso estado", falou. Ratinho falou ainda que deseja que a Copel seja uma das maiores empresas do Brasil e ultrapasse as fronteiras paranaenses.

   Segundo o comunicado da Copel de fato relevante ao mercado, a venda foi de mais de R$ 4,5 bilhões, mas a RPC apurou que, diante da procura, houve abertura de um lote suplementar e, desta forma, a arrecadação da corporação supera R$ 5,2 bilhões com a comercialização.              Somando o arrecadado com o lote suplementar, o Governo do Paraná deve ter um lucro de R$ 3,16 bilhões, ficando com controle acionário de 15,65%. O valor fixado das novas ações, segundo a Copel, foi de R$ 8,25. Antes da venda, o Governo do Paraná era o maior acionista, com 31,1% de participação no capital social.

    O Governo do Paraná disse que deve utilizar o dinheiro a ser arrecadado com a venda de ações da Copel em obras de habitação, educação, infraestrutura urbana e rodoviária e sustentabilidade. Governo do Paraná formaliza venda da Copel na Bolsa de Valores Redes sociais Relembre: Etapas: Copel faz oferta de ações que devem ser lançadas na Bolsa de Valores Lucro: Dividendos da Copel cresceram 968% desde 2017

   Além do mínimo de 15% de participação na Copel, o Governo do Paraná vai continuar participando da empresa com uma ação de classe especial, chamada golden share, com poder de veto para garantir investimentos. No anúncio de venda, no ano passado, o governo afirmou que mesmo com a saída do Estado como acionista majoritário, ficará mantida a obrigação da Copel continuar com o mesmo nome, além da sede não poder sair de Curitiba.

Tarifa

    Quando o processo de venda da Copel foi anunciado, o Governo do Paraná disse que as mudanças não impactarão na tarifa, “porque esse controle é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”. Na semana passada, o governador Ratinho Junior disse, em entrevista à RPC, que o Programa Energia Solidária, que fornece energia para famílias de baixa renda no Paraná, será mantido mesmo com a venda da Copel. “Se alguém falar que a Copel é que aumenta ou abaixa a conta de luz, está mentindo. Quem faz isso é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os programas sociais não mudam nada. Quem faz esses programas não é a Copel, é o Governo do Estado”, disse Ratinho.

   A venda da Copel

   Em 2022, deputados estaduais aprovaram a venda parcial da companhia, um projeto do Governo do Paraná. Na época, os parlamentares de oposição argumentavam que a proposta era uma forma velada de privatização. O Estado sempre negou. Os parlamentares contra a venda das ações também argumentavam que o processo era incoerente, uma vez que a Copel é a empresa mais lucrativa do Estado. Um dos argumentos do Governo do Paraná para a transformação da Copel foi que o movimento possibilitaria a e empresa manter e prorrogar os contratos de concessão de ativos de geração, como da usina Foz do Areia, responsável por mais de 30% da capacidade de geração da companhia.

   Outro argumento foi que a transformação da Copel aumentaria a competitividade no "setor elétrico brasileiro para beneficiar o consumidor paranaense." Na época, o governo também disse que a transformação da Copel possibilitaria ao estado continuar a "monetizar parcialmente sua participação na companhia". A Copel é a maior empresa do Estado do Paraná e está entre as maiores companhias elétricas do Brasil. Atualmente, são atendidas 4,5 milhões de unidades consumidoras em quase 400 municípios. 

FONTE/CRÉDITOS: g1PR/Folha Portal
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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