
A empresa contratada, Ecobulk Indústria e Serviços de Proteção Ambiental Ltda, fazendo um levantamento do local, estimou que mais de 13 mil metros de sedimentos precisam ser retirados como lodo, areia, vegetação que cobrem cerca de cinco metros o leito do ribeirão. Um trabalho de dragagem que deve levar no mínimo quatro meses se o tempo continuar bom. Em 15 dias deve ser iniciada as obras que além de melhorar a captação, previne alagamentos e enchentes, preservando a biodiversidade aquática. O desassoreamento remove impurezas que podem afetar negativamente a qualidade da água e o abastecimento para a população.
O Ribeirão Jacutinga é responsável por cerca de 60% da água distribuída e consumida pela população e cerca de 40% vem do aquífero Guarani, o que garante abastecimento satisfatório ao município. O problema nas proximidades da estação de captação do Samae pode ser visto do alto, com um grande banco de areia no leito do ribeirão, o que poderia comprometer em pouco tempo o fornecimento para mais de 25 mil residências que consomem água.
Lembrando que a última intervenção no leito do ribeirão foi feita em 2021, o que requer manutenção periódica. Apesar de não existir um prazo fixo para tal, verifica-se que neste caso, ocorrem necessidade ao menos a cada quatro anos, considerando os fatores de velocidade de sedimentação e as condições ambientais que a região oferece.
A necessidade de desassoreamento deve ser avaliada por técnicos e engenheiros ambientais regularmente através de monitoramento da quantidade de sedimentos acumulados e da qualidade da água, sendo prioritárias regiões com histórico de erosão e assoreamento como ocorre em Ibiporã. Captações superficiais tendem a receber mais sedimentos do que em captações subterrâneas mais profundas como do Aquífero Guarani.

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