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Folha Regional Online

Domingo, 16 de Marco de 2025

Saúde

Rever estratégias, visão e valores: Não é hora de mudar a cultura do Atendimento Básico de Saúde  nas UBSs?

Alinhar práticas internas às expectativas dos pacientes pode melhorar o desempenho de servidores e mudar a visão da sociedade em relação ao atendimento

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Rever estratégias, visão e valores: Não é hora de mudar a cultura do Atendimento Básico de Saúde  nas UBSs?
Ilustração/net.com
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   Não há dúvida que um dos maiores desafios do prefeito José Maria Ferreira (PSD) nesta administração, é reverter a má impressão do serviço de saúde prestado nas UBSs durante sua gestão. Por mais que invista no setor como tem feito, está evidente que a “doença” instalada na saúde, ainda não foi diagnosticada. Se foi, o remédio aplicado até aqui não está fazendo efeito. Pelo contrário, teve efeito colateral que desagradou a muita gente. Ficou pior a emenda do que o soneto. Logo aparentemente, as mudanças feitas no início do ano não deram resultado e cresce a cada dia o número de reclamações.
 
   Por algum motivo, o prefeito não mexe na “espinha dorsal”, ou por “questões pessoais” (que na gíria popular chamam de rabo preso) por questões políticas (compromissos assumidos), ou porque não consegue encontrar gente disponível no  mercado de trabalho.  Até nem digo que é incompetência porque em mais de 40 anos na política, sabe como funciona a máquina. Resta saber até que ponto está disposto a melhorar. 
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    Uma coisa já ficou evidente, sua administração é para-raio de servidores ficha suja. Acaba de nomear mais um que responde a seis processos, sendo quatro no Paraná e dois no Rio Grande do Sul. E no cargo de diretor. Já já, aparece outra caca.  Nem vou falar nos apadrinhados, aqueles nomeados por QIs (quem indica!).
 
     Mas voltemos a questão da saúde.  Porque o prefeito não mexe?
     Até quando vai tolerar o diretor incompetente e a secretária sem visão nenhuma de administração. Parece cozinheira de restaurante de beira de estrada...só faz o arroz com feijão!  A saúde é a menina dos olhos de uma administração. Se ela vai bem, o prefeito leva o resto de bandeja. O pior é que o prefeito sabe disso mas não toma atitude.
 
   Está investindo, injetando dinheiro, contratando especialidades, mas o problema não é só esse. O problema da saúde em Ibiporã está na gestão de pessoas, nem tanto na gestão de serviços.  Uma prova disso está na UPA, quando colocou uma médica para administrar. Enquanto estava lá um meia-boca, as reclamações eram constantes.  Não está 100% mas melhorou bastante. Tem até água gelada...uma triagem rápida!
 
     Comparações à parte, quem administra a saúde deve ter como missão: a visão e valores! Dois alicerces para que as Unidades Básicas de Saúde num todo, falem a mesma língua. E não são apenas palavras bonitas em quadros na recepção.  Se bem que em alguns locais, faltam aquele quadro com os dizeres: “Servidor é empregado do povo, não bajule: cobre serviço”.  Mas o contrário, encontramos aquele: “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa”. Isto já é uma afronta ao paciente que não está pedindo favor. Paga impostos para isso. E o salário de quem está lhe atendendo! Logo merece respeito.
 
    A diferença, deve começar por aí; Um cidadão bem tratado e com serviço atencioso e eficiente, dispensa qualquer lei da física. “Toda a ação, gera uma reação”!   Uma boa administração representa a essência da organização e guiam suas práticas. No entanto, reavaliar esses pilares pode ser crucial para garantir a relevância e a conexão com os pacientes.
   Quando a secretaria de saúde conseguir mudar a consciência do servidor fazendo-o entender a missão, visão e valores, relativos ao seu desempenho profissional ante a sociedade, cria-se aí as oportunidades para alinhar suas estratégias às novas demandas que o serviço exige e às expectativas dos pacientes.
 
    Não sou administrador, sou apenas jornalista. Mas já trabalhei na área de saúde por quatro anos e tenho uma filha cirurgiã no hospital Albert Einstein em São Paulo, cuja administração, faz seu pronto socorro parecer colônia de férias.  A diferença entre comandar um serviço de saúde num município de 50 mil habitantes, para um pronto socorro de um dos melhores hospitais da américa do sul numa cidade com 12 milhões de habitantes está no discernimento para entender as coisas e saber o que pode ser mudado.
 
    Ibiporã é um município rico, abençoado, sobra dinheiro para jogar na rua a ponto de arrancar calçadas recém construídas para colocar outra no lugar, e por vezes, mal feito. Logo não é falta de dinheiro.   Reconhecer o que está errado e rever certos conceitos significa necessariamente ter que alterá-los. Porém manter um tratamento ineficaz tendo em mãos o diagnóstico lógico, é praticar pseudo medicina. Se o serviço de saúde não estiver alinhado no conjunto diagnóstico/tratamento, em todas as práticas internas, pode haver desconexão e perda de eficiência. E neste quesito, a saúde de Ibiporã está pecando, faz anos.
 
    Um bom planejamento ajuda a fortalecer a cultura organizacional, e promove um ambiente onde todos os colaboradores compreendem seu papel no cumprimento dos objetivos da administração. Só é preciso, coragem para mudar.  A cultura forte gera engajamento, e o engajamento reflete diretamente na qualidade do atendimento à população.  Os pacientes de hoje estão mais informados e exigentes, buscando atendimento humanizado e alinhado às suas expectativas.
 
    Rever conceitos e valores contribuem para se posicionar de forma clara, transmitindo credibilidade e segurança. Coisas que um prefeito veterano como José Maria, não deveria abrir mão!   Minha filha costuma dizer que instituições de saúde com uma identidade organizacional forte registram índices de satisfação até 40% maiores. “Os pacientes percebem quando a instituição pratica o que prega, e isso fortalece o vínculo e a fidelização. E o serviço do administrador é reconhecido”, aponta.
FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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