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Folha Regional Online

Quinta-feira, 28 de Marco de 2024

Policial

Policia Civil faz paralização por 48 horas em todo o Estado

Categoria reivindica do Governo, revisão salarial e correção inflacionária

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Policia Civil faz paralização por 48 horas em todo o Estado
Policia Civil PR/Flaubert Semprebom
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Delegacia de Ibiporã, está fechada desde às 0h00 de hoje. E permanece até às 23h59 de amanhã

     Os policiais civis do Paraná estão realizando uma paralisação nesta quarta e quinta feiras, 24 e 25 de novembro, em todo o Estado. A mobilização é encabeçada pelo Sinclapol (Sindicato das classes policiais civis do Estado do Paraná). Das 0h00 de hoje até às 23h59 de amanhã, todas as atividades laborais na sede das Subdivisões Policiais, Distritos e Delegacias Especializadas, assim como Delegacias Regionais e Plantões Policiais estarão suspensas, segundo nota oficial informada pelo presidente da entidade, Eli Almeida de Souza.
     Segundo o Sinclapol, a categoria decidiu em Assembleia dar um “alerta” ao Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, acenando para “Estado de Greve” e paralizações sem datas definidas.
      A categoria reivindica revisão anual da data base que não ocorre há mais de cinco anos, o que na prática significa, uma correção inflacionária dos salários. Cerca de 700 servidores da categoria estão participando da paralização nas delegacias e órgãos em todo o Paraná. Em Ibiporã não é diferente, a Delegacia encontra-se fechada atendendo a convocação do sindicato.
    Vale lembrar que a Policia Civil do Paraná está falida e não é de hoje. O quadro de efetivo até o final do ano passado era cerca de  4 mil policiais, quando seriam necessários praticamente o dobro para atender as necessidades da sociedade. E os policiais civis, assim como grande parte dos trabalhadores em todo o país estão perdendo o poder de compra pela falta de reajustes salariais.
    Segundo o Fórum das Entidades Sindicais (FES), que representa sindicatos de diversas categorias de servidores públicos, a manifestação abrange servidores de todo o Paraná. Conforme a entidade, os servidores estão sem reajuste salarial desde janeiro de 2016, o que representa uma defasagem de mais de 20% em relação a inflação no período. A variação acumulada do Índice de Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA) entre janeiro de 2016 e Setembro de 2021 é de 22,33%,  o que oferece suporte na justifica da reivindicação.
    Até o fechamento desta matéria, o Governo do Estado através da Secretaria de Segurança Pública não havia se manifestado publicamente sobre a paralização.

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Na capital Tribunal de Justiça pode interferir na paralização

    Nossa correspondente em Curitiba, Hatsue Kajihara, informou que o Tribunal de Justiça do Paraná, tem se manifestado contra a paralização da categoria, considerando em caráter provisório e sumário pela ilegalidade da “greve”, bem como os servidores devem manter suas atividades funcionais regularmente e a apuração de responsabilidade dos servidores policiais que deixarem de trabalhar sobre este argumento podem ser penalizados de acordo com o Estatuto da Policia Civil (Lei Complementar n°14/82) com o consequente desconto dos dias parados.
    O TJ Paraná, pode ainda no entendimento do Secretário, proibir a paralização de operações, prática de atos de “piquete” como a obstrução de prédios públicos e possíveis servidores que não desejarem participar da manifestação. Na região norte do Estado, a adesão de servidores da segurança é avaliada em 100% sem o registro de nenhum fato que justifique represália de instituições superiores. Quem precisar registrar alguma queixa nestes dois dias de paralização podem utilizar-se do sistema on-line, também conhecido como “Delegacia Virtual”.

FONTE/CRÉDITOS: Policia Civil PR/Sinclapol
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