O estudante de medicina Leonardo Gundalini, 25 anos, virou réu por causar o acidente que matou Mário Laurentino Lisboa, 49, em Londrina, norte do estado. A denúncia do Ministério Público por homicídio simples na modalidade dolosa (quando há intenção de cometer o crime) foi aceita pela Justiça na última quinta-feira (3).
A defesa dele disse a reportagem que só vai se manifestar no processo. O MP e a polícia afirmam que o jovem dirigia embriagado. Antes do acidente, o estudante estava em um bar. Testemunhas disseram que ele gastou mais de R$ 1 mil no estabelecimento. O estudante agora pode ser julgado pelo Tribunal do Júri. Em caso de condenação, pode pegar até 20 anos de prisão.
O acidente foi na madrugada de 23 de maio de 2022 na esquina das Avenidas Castelo Branco e Maringá, na zona oeste da cidade. Segundo a Polícia Civil, o carro da vítima contornava a rotatória e capotou após ser atingido pelo veículo do estudante, que avançou a preferencial. Carro capotou após batida em rotatória. Mário morreu no local, enquanto Leonardo foi levado ao hospital e depois até a delegacia, onde ficou em silêncio durante interrogatório. Leonardo foi preso, mas pagou fiança de R$ 20 mil e atualmente responde o processo em liberdade.
O que diz o Ministério Público
A denúncia do Ministério Público foi apresentada 1 ano e dois meses após o acidente. Nela, o promotor Tiago de Oliveira Gerardi teve um entendimento diferente da Polícia Civil, que indiciou o estudante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Para o promotor, o estudante de Medicina “transitava em alta velocidade” e “assumiu o risco de produzir o resultado morte” pela embriaguez. O acidente foi gravado por câmera de segurança de um estabelecimento comercial localizado pouco antes do local do acidente mostram o veículo de Leonardo Guandalini passando pela Avenida Maringá. O Ministério Público pediu que o Instituto de Criminalística, com base neste vídeo, estime a velocidade do automóvel.
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