Tinha tudo para dar errado, afinal de contas, Danilo foi expulso aos 29 minutos do primeiro tempo e o Palmeiras ainda tinha pela frente mais de 60 minutos de jogo e com um jogador a menos. Mas, como já é uma marca da equipe de Abel Ferreira, não há adversidade capaz de abalar os jogadores dentro de campo.
O Atlético-MG teve um jogador a mais, chegou a ter dois atletas de vantagem, só que o Alviverde não é o atual bicampeão da América por acaso. Após segurar o empate em 0 a 0, de forma quase heroica, o Verdão venceu a disputa de pênaltis por 6 a 5 e está em mais uma semifinal de Copa Libertadores. Weverton foi o nome da noite, ao defender a cobrança de Rubens. E do outro lado não estava um time qualquer, e sim o o atual campeão brasileiro, cheio de estrelas, que empurrou o Palmeiras contra parede nos minutos finais. Mas a pressão atleticana esbarrou na sólida defesa alviverde, é verdade que a trave também ajudou, mas diante de um adversário qualificado, não é qualquer time que consegue segurar o 0 a 0. Os donos da casa fizeram isso muito bem, primeiro sem Danilo, depois também sem Gustavo Scarpa, expulso no segundo tempo.
A força mental do Palmeiras, que já é grande, ficou ainda maior após segurar o Atlético-MG, mesmo com um jogador a menos e depois com dois jogadores a menos. Confiantes, os palmeirenses cobraram muito bem todas as penalidades. Rafael Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Piquerez e Rony converteram, assim como Hulk, Nacho, Jair, Sasha e Alonso. Nas batidas alternadas, Weverton brilhou, sob o olhar de Tite, e defendeu a cobrança de Rubens. O ex-cruzeirense Murilo, que marcou um dos gols no empate em 2 a 2, no Mineirão, foi quem cobrou a penalidade que classificou o Palmeiras.
Quem foi bem: Gustavo Gómez não perde nenhuma O capitão do Palmeiras não perdeu uma jogada pelo alto sequer. Foi bem pelo chão e também nos lançamentos.
Quem foi mal: Danilo criou dificuldade gigante Não há como apontar outro nome como pior em campo do lado verde, que não o de Danilo. O camisa 28 entrou muito duro no tornozelo de Zaracho em disputa no meio-campo. Não deve ter sido por maldade, mas o fato é que o garoto deu com a sola no jogador do Galo. Vermelho indiscutível.
O jogo do Palmeiras - O vermelho fez diferença: O Palmeiras entrou em campo para competir ao extremo, e vinha complicando o jogo do Atlético-MG, trocando passes com rapidez, esperando uma brecha para verticalizar o jogo. Nem mesmo a expulsão de Danilo mudou esse panorama ofensivo, e o Verdão encerrou o primeiro tempo atacando o adversário. Na parte defensiva, porém, o time se retraiu um pouco mais. Na segunda etapa, o Palmeiras foi cansando e não teve como não passar a se defender muito mais do que atacar. Quando Scarpa foi expulso, então, virou de fato um ataque contra defesa. Vale destacar a capacidade de organização do time que, mesmo com dois a menos, jogou com muita concentração e soube se defender muito bem.
O jogo do Atlético-MG: muita paciência, mas pouco espaço Diante do Palmeiras que soube se defender muito bem, principalmente após a expulsão de Danilo, o Atlético teve muita paciência com a bola nos pés, mas não encontrou espaço. O Galo rodou a bola bastante, chegou a colocar os dez jogadores de linha no campo ofensivo, mas quase não criou diante do adversário muito sólido na defesa. A melhor oportunidade foi uma cabeçada de Jair, após cruzamento de Mariano, mas a bola foi para fora.
Danilo foi expulso após entrada dura em Zaracho: Imagem: Marcello Zambrana/AGIF
Expulsão de Danilo muda o jogo: Ter um jogador expulso muda completamente o rumo da partida, ainda mais quando o cartão vermelho é mostrado ainda no primeiro de uma partida decisiva. Palmeiras e Atlético-MG faziam um jogo equilibrado, sem grandes chances criadas, mas que tomou outro rumo após a expulsão de Danilo. O volante palmeirense entrou de sola na canela do atleticano Zaracho e foi expulso, após revisão do lance no VAR.
O cartão condicionou a partida no Allianz Parque, já que o Palmeiras recuou a marcação, com Zé Rafael ocupando a vaga que era de Danilo e Dudu fechando o meio, antes o lugar era de Zé Rafael, com Rony ficando isolado na frente. O Atlético passou a ter mais posse de bola, mas a superioridade numérica não foi transformada e nenhuma boa oportunidade até o fim do primeiro tempo.
Segundo tempo de um time só
Pela qualidade do Atlético e pelo fato de estar com um jogador a menos desde o minuto 29 do primeiro tempo, o Palmeiras se fechou na defesa e optou pelos contra-ataques e pelas bolas paradas. O controle da etapa final foi todo do Galo, que teve quase 80% de posse de bola. No entanto, a estratégia palmeirense funcionou bem, tanto que a equipe visitante não conseguiu criar chances claras de gol.
Mais um expulso: Não bastasse o vermelho de Danilo, no primeiro tempo, Gustavo Scarpa também foi expulso. O meia do Palmeiras deu uma entrada forte no volante Allan e recebeu o vermelho direto. O árbitro Wilmar Roldan nem sequer foi consultar o VAR.
Na trave: Com dois jogadores a mais, o Atlético se lançou ao ataque em busca do gol da classificação. E quase conseguiu, mas o cruzamento de Hulk, que passou direto por todos que estavam na área palmeirense, bateu na trave, aos 47 minutos do segundo tempo.
Outro vermelho: Não foi apenas o Palmeiras que teve jogador expulso, já que o atacante Vargas levou o vermelho por reclamação, no último lance do jogo. No entanto, o cartão para o atleticano não teve impacto na partida, já que o árbitro terminou a partida antes mesmo de o time alviverde cobrar a falta.
Estudiantes ou Furacão: O adversário do Palmeiras será definido nesta quinta-feira (11), em La Plata, na Argentina. O Estudiantes recebe o Athletico-PR, para definir o último classificado à semifinal da Copa Libertadores. No primeiro jogo, na Arena da Baixada, empate em 0 a 0. A vitória simples é o bastante para cada um dos lados, enquanto uma nova igualdade levará a decisão para a disputa de pênaltis. A partida começa às 21h30 (de Brasília).
