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Folha Regional Online

Segunda-feira, 21 de Abril de 2025

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Vereadora de Londrina é suspeita de receber R$ 460 mil reais de forma ilegal

Anne Moraes (PL) teria recebido este volume de recursos do Programa Nota Paraná, mas pode ser mais

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Vereadora de Londrina é suspeita de receber R$ 460 mil reais de forma ilegal
Arnaldo Oto/AEN
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     A ADA (Associação Defensora dos Animais) que tinha como presidente a vereadora londrinense Anne Moraes (PL) pode ter recebido cerca de R$ 460 mil reais de forma irregular pelo Programa Nota Paraná, apontou um pente fino feito pela SEFA - Secretaria da Fazenda do Paraná na tarde de ontem. Há suspeitas que este valor pode chegar a R$ 3 milhões de reais.  O relatório divulgado pela SETA destacou que um terço das entidades sociais do estado cadastradas no programa cometeram alguma irregularidade nos últimos anos. Inicialmente as informações repassadas pela secretaria não expuseram o nome da ONG (Organização Não Governamental) da vereadora londrinense destacando apenas uma instituição no norte do estado.

   Ainda segundo a SETA, a vereadora teria recebido o dinheiro após dar baixa no CNPJ da associação, o que é ilegal. O Ministério Público já foi informado.   Segundo o Secretario Estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, as fiscalizações em torno das organizações sempre existiu mas o aumento na quantidade de denúncias exigiu um pente-fino mais intenso.  “Como resultado fizemos várias notificações a entidades e estabelecimentos comerciais, além de encaminhamento dos casos mais graves ao Ministério Público (MPPR)", afirmou.

   Um dos casos que mais chamou a atenção da equipe do Nota Paraná é de uma organização de Defesa Animal de Londrina (ADA) que após ter encerrado as atividades em 2024, teria reativado o CNPJ para receber o resgate dos créditos, anunciou o Governo do Estado por meio da Agência Estadual de Notícias.   

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   O envolvimento da ONG da vereadora londrinense foi confirmada pela assessoria de imprensa do Governo do Estado. Segundo o documento a coordenadoria do Programa Nota Paraná o qual a reportagem teve acesso, a ONG ingressou no programa em 28 de março de 2016 e transferiu para a conta bancária R$ 2.749.449,13 (Dois milhões, setecentos e quarenta e nove mil, quatrocentos e quarenta e nove reais e treze centavos). Entretanto a coordenação do programa ressalta que no dia 19 de dezembro de 2024, recebeu uma solicitação da vereadora para encerramento do cadastro porque havia dado baixa no CNPJ. A exclusão foi acatada.

   Cerca de três semanas depois, em 9 de janeiro de 2025, em nova solicitação a vereadora informou que estava tentando sacar o valor de R$ 12.899,81 (Doze mil, oitocentos e noventa e nove reais e oitenta e um centavos) creditados em janeiro de 2025, mas que estavam bloqueados. Na sequencia solicitou o desbloqueio dos créditos por meio do protocolo que foi indeferido pelo Nota Paraná já que o CNPJ da ADA estava desativado desde de 26 de dezembro de 2024.

Norberto Ortigara - Secretário de Fazenda em entrevista a imprensa/Folha de Londrina

   A vereadora então teria então reativado o CNPJ e solicitado através de outro protocolo, também inserido pelo programa. De acordo com o programa, o agravante ocorreu quando a SEFA analisou os documentos inseridos pela ADA e localizou a ata de extinção da associação registrada em cartório em 29 de novembro de 2022, mas com uma alteração na data de cadastro, supostamente feito pela própria ONG para a data de 31 de dezembro de 2024. Nesse período em que as datas foram alteradas a ONG teria recebido indevidamente R$ 461.868,01 (Quatrocentos e sessenta e um mil, oitocentos e sessenta e oito reais e um centavo).

   O documento assinado por Marta Gambini, coordenadora do Nota Paraná foi enviado para o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. O Ministério Público do Paraná foi procurado por meio da assessoria de imprensa para dar mais detalhes sobre a denúncia contra a vereadora de Londrina, mas não respondeu até o fechamento desta edição. O chefe de gabinete da vereadora também foi procurado pela reportagem e limitou-se a responder que a vereadora estava em um “compromisso” e assim que for notificada da denúncia, faria um pronunciamento. Em dezembro de 2024, a vereadora Anne da ADA, foi presa pela Policia Civil e autuada em flagrante, por enterrar cachorrinhos de forma irregular. Ela pagou fiança e foi colocada em liberdade.

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Folha de Londrina
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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