Iniciada em 2014 e após um longo período de paralisação, por cerca de seis anos, o Governo do Paraná havia informado que retomaria a obra do Centro Estadual de Educação Profissional de Ibiporã (CEEP-Ibiporã), na Região Norte da cidade, saída para a Estrada do Barreirão. O governador chegou a anunciar a assinatura da ordem de serviço para a retomada dos trabalhos que chegou a ser reiniciado por cerca de dois meses e tudo parou novamente. O centro de educação estava abandonado desde o fim de 2014 em função das investigações da Operação Quadro Negro, que apurava irregularidades em construções de escolas ainda no Governo Beto Richa.
Victor Carreri aponta que o abandono da obra está causando problemas e insegurança da população na vizinhança além de não haver por parte do governo do estado, nenhum aceno da retomada e conclusão. O vereador apela para o bom relacionamento da atual administração junto ao governo para resolver de forma urgente este impasse. Para tanto está requerendo informações e providências sobre o caso uma vez que o imóvel encontra-se em extremo estado de abandono causando preocupação com a possibilidade de sua ocupação por usuários de drogas e moradores de rua causando insegurança a população dos arredores.
Deputado Cobra Repórter, Sandra Moya (Casa Civil) e governador Ratinho Junior na promessa de retomada da obra em 2020
A obra que supostamente receberia mais de R$ 7 milhões em investimentos na "nova fase" e com previsão de conclusão no segundo semestre de 2021 praticamente não saiu do papel. O discurso do governador ao declarar que “educação é prioridade e trabalhamos para fazer do Paraná o estado com a melhor educação do Brasil", está estampado no descaso. “O Paraná não admite obra inacabada, ainda mais obra inacabada por motivo de corrupção. Essa escola agora será entregue para os estudantes, professores, familiares, para a comunidade do Norte do Paraná”, afirmou ainda em 2019.
O que é o CEEP, ou melhor...o que deveria ser!
O CEEP-Ibiporã teria a capacidade para atender cerca de 1.200 estudantes, ofertando os cursos de Eletrônica, Manutenção Automotiva, Edificações, Segurança do Trabalho e Química. Com estrutura ampla e moderna, numa área total de 6.495,56 metros quadrados, a escola deveria receber 12 salas de aula, 10 laboratórios, cozinha, refeitório, auditório, biblioteca, ginásio de esportes e bloco administrativo. O terreno foi doado pela prefeitura municipal e a manutenção da escola seria de responsabilidade da Fundepar, por onde passou o atual prefeito.
Os vizinhos “sempre tem bagunça, som alto, gente tomando bebida, incomoda todo mundo aqui. Sem contar que a paralisação significa dinheiro público desperdiçado”, afirmou um morador. “Pessoal roubou muita coisa da obra, é uma bagunça só. No sábado de madrugada ninguém dorme aqui”, completou outra dona de casa que reside há mais de 40 anos alí. O investimento total é superior a R$ 18 milhões e até o momento não há aceno da retomada da obra pela coordenadora do núcleo regional da Casa Civil de Londrina, Sandra Moya, nem do deputado estadual Cobra Repórter um dos "pais da obra" além de outras lideranças políticas da região.
Comentários: