A morte do servidor municipal, Alexandre Camargo, assessor parlamentar do vereador Ilseu Zapelini após passar horas na UPA em um quadro de infarto na última terça feira, e de uma cidadã, Maria Aparecida Rosa, após um imbróglio com a direção clínica do Hospital Cristo Rei, abre discussão para uma intervenção urgente do Ministério Público sobre a condução da saúde no município.
Duas pessoas perderam a vida, em situações onde há evidência de relapso no atendimento, ou na falta de um diagnóstico preciso das condições dos pacientes. Uma das situações, o vereador Rafael da Farmácia acompanhou de perto e teve que se impor, para que uma paciente no Hospital Cristo Rei, fosse atendida. Em relação ao servidor da Câmara, o mesmo passou horas na UPA em um visível quadro de infarto, e sequer foi transferido para um atendimento mais adequado. Foi dispensado e morreu ao chegar em casa. O mesmo aconteceu com a paciente do Hospital Cristo Rei conforme relatou o vereador.
Rafael da Farmácia relatou que o diretor Clínico, Dr. Valter Hugo, deu alta para uma paciente que estava em crise aguda de dores, e que uma enfermeira chefe teria relatado que a paciente teria um tumor grave e que a situação era complicada. A paciente Maria Aparecida Rosa já vinha de vai e volta entre a UPA e Hospital Cristo Rei por vinte e sete dias e após a última semana internada, recebeu alta. O vereador no hospital deparou-se com a paciente já dentro de um carro e questionou o médico sobre a alta.
O que o mesmo teria dito que o médico era "ele", justificando a alta da paciente. Na sequencia, o vereador solicitou ao médico uma ambulância para a condução da paciente, o qual o mesmo teria dado a entender que que lá no hospital as coisas não são como o vereador quer. O vereador tentou justificar a necessidade dado as condições da mulher. "Eu não acho que ela precisa de ambulância", teria dito. E o vereador respondeu: "O senhor acha porque não é o senhor. A mulher está ruim aqui dentro do carro. Se não for encaminhada de ambulância, vou levar ela daqui até a delegacia e registrar uma queixa e chamar a imprensa. O marido não vai tirar ela de carro daqui porque eu não vou deixar", relatou não concordando que a paciente pudesse estar de alta naquela situação e ser retirada de carro. Rafael da Farmácia disse que ligou imediatamente para a secretária de saúde e para o prefeito relatando o fato. Desta forma, o vereador relatou que a direção do hospital reviu a situação e a paciente foi levada de volta para o internamento. O vereador relatou ainda que não teve conhecimento de transferência da paciente para Londrina, e a mesma veio a óbito no último dia 4.
Nossa reportagem por duas vezes procurou ouvir a versão do hospital através de sua assessoria de relações públicas mas até o fechamento desta matéria, não tivemos retorno. O espaço está aberto para as considerações que se fizerem necessárias.
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