A Câmara MUnicipal aprovou a contratação de 25 novos cargos de confiança através de dois projetos substitutivos encaminhados pelo prefeito José Maria Ferreira (PSD) que “reestruturam” o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). A redação que mexe com a estrutura organizacional da Prefeitura foi analisado a “toque de caixa”, e da mesma forma votado na sessão de ontem na Câmara Municipal de Ibiporã.
Embora haja quem defenda ao contrário, e afirme que as medidas já chegaram “mastigadas” para o legislativo, este é mais um conceito confirmado de que a “ordem era apressar as coisas”. Daí o regime de urgência do prefeito. E foram todos contra um!
A “importância” da aprovação levou até mesmo a presença física do prefeito José Maria a sessão, entendida por alguns como uma forma deliberada de “garantir a votação”, sob pressão. A estratégia funcionou para a maioria avassaladora que já em primeira instância, deu o tom de como as coisas vão andar no legislativo.
Não bastasse que essa maioria, já haviam votado pelo aumento dos próprios salários no final do ano passado. Agora, embora se insista de que não há criação de cargos e que o chamado “remanejamento” é instrução normativa do Tribunal de Contas, e que aumentar a despesa em R$ 4 milhões ao ano seja “irrisória” porque há “muita gordura para queimar”, é afrontar a inteligência do cidadão. É absurdo que tal justificativa venha de uma pessoa culta, que via as coisas de outra maneira quando não era vereador. Ora, se a prefeitura tem “gordura para queimar”, porque o prefeito quer um empréstimo de mais R$ 90 milhões de reais como já foi colocado? Não seria incoerência esta opinião?
Iniciar o ano legislativo com esta postura, num momento em que não só o país, passa por dificuldades mas a economia na maioria dos estados e municípios são afetados por esta situação, preocupou o vereador Hugo Furrier que discordou não por política, mas pela preocupação do momento em que o país passa. "As expectativas para o futuro da economia não são boas. A recessão está as portas e há um cuidado em todo mundo em relação a isto e Ibiporã não será excessão. O momento é inoportuno", avalia o vereador.
“Aprovar o inchaço no serviço público logo na primeira sessão do ano com remanejamentos, e a distribuição de cargos e salários tanto na prefeitura como no Samae, estas propostas prevêm em suas planilhas, a nomeação de cerca de 25 novos cargos comissionados o que custará aos contribuintes de Ibiporã, cerca de R$ 4 milhões de reais a mais por ano considerando-se o valor da remuneração fixa correspondente a cada cargo, o que evidencia que, do contido nos substitutivos é discutível em relação ao incremento financeiro e orçamentário para as finanças municipais”, observa o vereador. Além do mais, “essa gordura que planejam queimar agora” a que se referiram na sessão, com certeza vai influenciar no reajuste a de todos os servidores por ocasião de sua data base. “Vai faltar dinheiro para dar um reajuste dígno ao servidor de carreira”, aponta.
Esta é a posição do vereador Hugo Furrier que foi o único a votar contrário aos dois Projetos de Lei Substutivos encaminhados pelo prefeito não concordando plenamente com a decisão das Comissões de Justiça, Legislação e Redação; e, da Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas na análise dos Projetos em regime de urgência solicitado pelo prefeito José Maria. A votação em plenário foi avassaladora, um rolo compressor no voto de oito vereadores. E já se discute nos bastidores, o aumento do número de vereadores, não para onze, mas para treze vagas no legislativo até o final desta legislatura, valendo para a próxima eleição. Quem viver, verá!
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