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Folha Regional Online

Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025

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Sem Centro de Zoonoses, "bem estar animal" ainda é caso sem solução imediata em Ibiporã

Porém o prefeito José Maria Ferreira diz que ano vem, projeto emperrado na Câmara, sai do papel

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Sem Centro de Zoonoses,
Divulgação
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   O bem estar animal ainda é um assunto que gera além da preocupação, a conhecida "Lei de Gerson". Sempre alguém querendo levar vantagem com o tema, quando não voto.  Percebe-se que nas redes sociais do dia a dia, sempre há um apelo para adoção responsável de algum animalzinho, seja, cão ou gato.  Mas na prática, a política atrelada ao "bem estar animal" nem sempre se reverte em votos. Logo, esta bandeira de não for bem conduzida, não faz efeito.  Fosse assim, na teoria o propalado número de 1.900 castrações supostamente feitas em Ibiporã em parte reverteria em votos para a candidata da "causa", por sinal não eleita. Ou é o povo que é mau agradecido...! Que não reconheceu o trabalho da ONG?

   De qualquer forma, nossa reportagem sobre o assunto de dias atrás, chamou atenção da editoria da Folha de Londrina que veio a Ibiporã analisar de perto esta questão em matéria publicada no último dia 14.  E ficou retratado que o problema continua, e a solução ainda não será de imediato. O tal "Projeto Executivo" está emperrado na Câmara e não há data prevista para sua votação, revelou a reportagem.

    Nas redes sociais, páginas e comunidades mostram que vem crescendo entre as pessoas a preocupação pela criação responsável de animais de estimação como cães e gatos, inclusive com mobilização ativa de grupos, coletivos e instituições. Contudo, quando o assunto é saúde pública, ainda falta conscientização. Doenças como raiva, esporotricose e leishmaniose ainda são consideradas negligenciadas no país e, muitas vezes, seus riscos e efeitos são desconhecidos pela população.  Em Londrina onde o assunto foi levado a sério, o vereador Deivid Wisley que há 17 anos, luta pela causa animal, conseguiu junto a atual administração municipal, o sonhado Hospital Veterinário Municipal para atender pets de famílias de baixa renda.  Logo, além de discurso é preciso ação e vontade política.

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   Em Ibiporã não é segredo que este problema ase arrasta por anos. E o número de animais nas ruas é cada vez maior. Sem falar nos que são abandonados pelos tutores irresponsáveis.  Como pensa o vereador eleito, José Aparecido de Abreu (Republicanos) "enquanto não houver punição aos tutores que abandonam animais, ou deixam soltos nas ruas da cidade, o caso não terá solução".  Abreu defende que haja uma legislação para "punir" os responsáveis. "O cidadão só age na hora que mexem no bolso", pontuou.

   Diante desse contexto, é preciso além do discurso, se propor um amplo debate sobre o assunto. Não é passar cinco mandatos repetindo que é um problema social. Isso todo mundo já sabe. É preciso mobilizar a comunidade e profissionais da sociedade interessados pela pauta e contribuir para uma maior participação social no campo da saúde pública e do bem estar animal.

    Ibiporã tem uma população de animais de rua, aqui mesmo, por exemplo, no entorno da Praça Pio XII, que suscitam uma série de questões. Quem cuida desses animais? Qual o papel das esferas públicas? O projeto ainda está no papel, mas há esperança que possa começar a ser encaminhado já no próximo ano. Afinal já se foram quase vinte anos, mas o prefeito José Maria Ferreira (PSD), disse que sai. O "IAT" (Instituto Água e Terra), responsável pela análise e autorização do local destinado a esta atividade já autorizou.

    "Eu espero que nós possamos iniciar rapidamente e dar andamento à situação. Já temos a área para construção que vai custar em torno de R$ 400 mil reais", disse em entrevista à Folha. O prefeito revelou que o local aprovado é onde a prefeitura realizava a seleção de materiais recicláveis, que pertencia ao Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto).  A ideia inicial era outro lugar porém por resistência de parte da população no local a administração optou pela segunda opção.

Porque insistir nesse asssunto?

    Sem o vereador Toninho Kabeção na Câmara para cobrar, nosso objetivo principal é chamar atenção para o problema da zoonose no município. Aliás em todo o país, principalmente os casos de leishmaniose e esporotricose, em que se observa um número crescente, em algumas cidades em maior quantidade. Segundo o coordenador do Centro de Estudos do ICICT, (Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde) Fiocruz, no último ano, foram 157 casos de leishmaniose visceral, que são números muito significativos.

  Além dessas zoonoses, também destacaa-se a raiva, que, mundialmente é responsável por um elevado número de mortes, principalmente em países pobres. “Apesar de termos uma vigilância eficiente, observa-se que há novas notificações de raiva no Brasil. Por isso, é importante agora avaliar qual é o cenário dessa zoonose, o que temos de informação a respeito e novas pesquisas, para que não se torne um problema de saúde pública no país”, explica Paulo Abílio.  “O abandono de animais é um problema de saúde pública, pois quando são abandonados e passam a viver nas ruas, essas populações são mais vulneráveis a doenças, o que também se tornam um risco às pessoas", avalia o pesquisador.

    Para ele, as doenças transmitidas por animais ou doenças transmitidas por vetores, como a leishmaniose, em que os cães infectados a partir do mosquito podem vir a infectar uma pessoa, estão diretamente associados ao problema de abandono dos animais de rua, animais errantes e animais de colônia, por isso deve-se discutir questões de posse responsável. Afinal, a causa animal também é um problema de saúde pública.

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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