Se a ideia da implantação de tantas rotatórias em Ibiporã era modernizar o sistema de tráfego como nas grande cidades, faltou planejamento. Cada rotatória é uma desordem, e nenhuma delas segue sentido padrão que justifique sua instalação. Fora de eixo, deslocadas para direita ou para esquerda, estas obras vieram não só para limitar a circulação de determinados tipos de veículos, como favorecer a ocorrência de problemas que a gente só vê nas grande cidades.
A diferença entre uma cidade de 500 mil habitantes como Londrina e Ibiporã com 50 mil habitantes, na restrição ao acesso de veículos de grande porte a área central, geralmente acima de 5,5 toneladas, está no planejamento e na sinalização. Em Londrina, por exemplo, essas restrições impactam diretamente nos serviços de transporte, pois os veículos só podem acessar as áreas em determinados horários que, normalmente, são fora do horário comercial. E não é o que acontece aqui dado a precariedade na sinalização neste sentido.
Na entrada da cidade, plaquinha tímida passa despercebida.
Até a placa indicando "Rota de Caminhões" e tímida e encontra-se praticamente escondida
Com isso, é necessário que tanto as empresas de transporte, quanto as empresas que necessitam desse tipo de serviço, fiquem atentas para a sinalizações para que não sejam pegas de surpresa e possam realizar o transporte sem transtornos. Mas para isso, é necessário que a administração municipal através do departamento de trânsito, reforce a sinalização de alerta, visto que na entrada da cidade, existe apenas uma tímida placa, quase imperceptível no começo da avenida Paraná no entroncamento com a BR-369.
Basta uma pequena distração e os veículos de grande porte continuam adentrando ao centro, seja pela avenida Paraná, seja pela Santos Dumont, ou seja pela avenida 19 de dezembro. Resultado, na primeira rotatória que cruzam, ficam enroscados, travando o trânsito, quando não subindo na calçada destruindo parte dela, como já mostramos aqui anteriormente. Falta instalar um outdoor de forma a chamar a atenção dos condutores como foi feito em Altinópolis-SP para resolver o problema.
Em Altinópolis, prefeitura resolveu o problema de tráfego pesado com grandes placas de sinalização
As restrições de circulação em Ibiporã provém de lei municipal, se colocada em prática, a sinalização adequada e perceptível deveria vir em primeiro lugar regulamentando o trânsito de veículos na área central. Poucos se dão conta de que as rotas para determinados veículos exista justamente pela sinalização inadequada. Sem falar nos transtornos que estes veículos provocam inclusive arrebentando fiação de telefonia e internet quando não derrubando até postes. Pela ausência de sinalização mais acintosa acabam por trafegar em lugares indevidos provocando congestionamentos, e até mesmo, danificando a pavimentação da via, dado ao excesso de peso que transportam.
A falta de sinalização adequada, numa cidade cheia de rotatórias mal planejadas acaba provocando este tipo de problema
As principais avenidas de grande movimentação da cidade, já estão comprometidas com as obras de revitalização a passos de tartaruga o que também contribui para entravar exceções à regra e alguns veículos autorizados para circular nessas áreas como Veículo Coletores de Lixo Urbano, Veículos de Carga, seja da prefeitura, seja do Samae – (liberado em período integral), caminhões de mudanças, serviços de urgência, caminhão de corpo de bombeiros (no caso de um incêndio de grande proporções no centro), caminhões tanques em certas rotatórias agora executadas, não passam.
Um exemplo disso ocorreu no evento do incêndio ao Supermercado Montana, que poderia ser contido no início não fosse a dificuldade ao acesso da carreta tanque. Logo, falta planejamento, quando não falta água nos hidrantes. Aliás, ultimamente até nas torneiras comuns estão faltando. Então vamos atentar a nossa realidade e deixar de mania de grandeza, querer ser comparada a uma capital com vias de trânsito de primeiro mundo. Para isso a primeira coisa é planejamento que deveria começar com a instalação de uma simples placa num local onde todos pudessem ver. Aliás há mais de 4 mil anos, o profeta Habacuque (2:2-4) já ensinava a importância da comunicação e como fazer um out-dor: "Escreva isto e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo".
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