O político que se predispõe a disputar uma cadeira no legislativo precisa estar preparado. No mínimo ter uma noção do que é a vereança e saber o que o espera. Por isso é indispensável que tenha alguma bagagem, especialmente político cultural. É preciso saber que enquanto agente político, escolhido pela população para representá-la vai enfrentar dificuldades. Especialmente quando se coloca numa posição adversa, contrária ao comando do sistema.
Não vamos ser hipócritas a ponto de ignorar que isto não acontece, pois faz parte do sistema democrático quando a escolha acontece, desde a seleção dos candidatos pelo partido. Quando se escolhe o partido, o resultado da eleição é que define se sua postura deverá ser situação ou oposição. Ainda que não é incomum, o político se eleger numa sigla, e virar a casaca, como se diz na gíria.
Á partir daí, este já não representa mais a sociedade, mas aos interesses do sistema. Daí o desafio de ser vereador e, estar convicto de sua responsabilidade representando aqueles que lhe confiaram o voto. Vale ressaltar que representar a sociedade está entre as noções mais caras dentre suas funções, pois as demandas sociais, os interesses da coletividade e dos grupos devem ser objeto de seu mandato.
E é firme, nesse propósito que desde o início do mandato, o vereador Gilson Mensato tem se pautado. Seu posicionamento frente a discussão e votação de leis para a municipalidade, propondo-se benfeitorias, obras e serviços para o bem-estar da vida da população em geral faz dele um parlamentar reconhecidamente de valor. Dentre outras funções, que por vezes desagrada alguns, Mensato tem sido responsável pela fiscalização das ações tomadas pelo judiciário, especialmente na saúde, área que militava há anos como socorrista do SAMU antes de dirigir a APAE de Ibiporã.
Mensato se destacou neste mandato por acompanhar a administração municipal, principalmente no tocante ao cumprimento da lei e da boa aplicação e gestão do erário, ou seja, do dinheiro público. Votou com seus companheiros o que era de interesse do município e questionou o que não lhe parecia se enquadrar nisso. Sua atuação lhe custa "boicotes" dificultando suas ações de mandato como ocorre em todas as esferas da política no país. A dinâmica das discussões e votações nas sessões, o vereador por vezes "escanteado" das principais comissões de legislação na Casa nunca abriu mão de sua responsabilidade e de seus valores morais.
"Ser base de governo, por vezes limita o poder do vereador e não fui eleito para isso. Pelo menos, no meu modo de entender a política. Acredito na liberdade e na independência dos poderes, e se para ser considerado "base do governo" seja preciso abrir mão de valores éticos e morais para ser agraciado com atenção, não me sentiria confortável diante de meus eleitores, mas respeito quem pensa diferente", observa o vereador. Gilson Mensato afirma que "o fato de um vereador ser da oposição não significa que ele sempre se posicionará contra as medidas propostas pelo prefeito ou pelos partidos de base. O contrário também é verdadeiro, uma vez que a base por vezes poderá não aprovar também alguma proposta do poder executivo. Então esta questão de ser situação ou oposição, é relativo. Os interesses da sociedade devem vir em primeiro lugar", pontuou.
Sem candidato a prefeito, o Podemos, partido de Gilson Mensato caminhará "solo", com a independência que lhe é peculiar como vereador. Sua disposição para trabalhar pela cidade, agora mais experiente, faz dele uma boa opção para continuar representando o eleitor de Ibiporã num momento em que os políticos enfrentam a sabatina da decepção e rejeição. Campanha de vereador é feita em quatro anos, todos os dias com o povo, onde ele estiver. Agora de última hora, não adianta correr contra o tempo desenhando uma imagem quando não teve o que mostrar. E neste particular, alguns poucos tem a tranquilidade de partir para a reeleição neste pleito. E Gilson Mensato, com certeza, o eleitores sabe que é um desses.
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