Já era de se esperar. Não bastasse a pouca vergonha protagonizada pelos vereadores de Ibiporã da bancada do prefeito, ignorando o óbvio, coniventes com irregularidades, e empurrando a sujeira para debaixo do tapete e, considerando que não foi para isso que foram eleitos, alguma coisa precisa ser feita. Alguém precisa voltar para a escola para aprender o que significa a palavra "fiscalizar". Ou devemos entender que suas ações são manipuladas ou deliberadas revestidas de poder sem nenhum pudor. Ou devo dizer, vergonha na cara?
É patente que a sociedade não pode compactuar nem se omitir com o parecer covarde proclamado na sessão do legislativo na última segunda-feira, o que exige da Comissão de Constituição e Justiça e, em especial, a senhora presidente do Legislativo, o que se espera dela, e o que o cargo lhe apraz, exigindo do Ministério Público imediata providência sobre o caso. Como bem já o colocou e se posicionou o presidente do PL- Partido Liberal, e ex-vereador Kleber de Moraes Machado; "vitimas foram lesadas e vidas podem ter sido ceifadas. Esta não é uma questão política, mas humanitária. Se não houver uma postura por parte da Câmara, entendo ser um atentado contra toda população e contra a vida".
Um erro não justifica o outro. Se todo o assunto com gravidade que possa vir a macular a imagem do Executivo for engavetado por meia dúzia de vereadores com "rabo preso", não precisamos de legislativo. É lamentável que nem 10% da população entenda o que está acontecendo porque o povo é alienado de berço. Só acorda quando algo o atinge diretamente. E nesta "vibe", joga o time do prefeito apostando na memória curta do eleitor, e da impunidade. Ignorar o que está acontecendo na saúde, já é caso de polícia!
E nem tudo está tão ruim que não possa piorar. Em retaliação a denúncia dos escândalos, entre eles a atuação do clínico geral, afastado por atuar como cardiologista no serviço público, o prefeito em comum acordo com a secretaria também denunciada, recebemos a denúncia de que suspenderam o tratamento cardiológico de idosos no município.
Na contramão da lógica, quando os municípios investem no serviço de cardiologia mais próximo do paciente, o prefeito joga em sentido inverso, numa ação condenatória, ditatorial, antidemocrática, retaliativa e perseguidora, que vai contra todos os preceitos garantidos pela constituição no Estatuto do Idoso o que urge, imediata ação do Ministério Público. É inconcebível a determinação do chefe do executivo em sua decisão de excluir no município o atendimento aos idosos cardíacos, obrigando-os a se deslocarem para procurar atendimento em outra cidade. Tal decisão acostada no Ofício da SMS 347/2023, discutida e tomada no âmbito da Saúde, e com apoio do prefeito, sem aviso prévio a sociedade, está provocando revolta na comunidade.
Lar Padre Leone abriga muitos idosos em tratamento e não pode ser penalizado por revanchismo politico
Uma instituição que cuida de idosos no município foi atingida diretamente o que levou a direção do Lar Padre Leone fazer pública nota pública de esclarecimento na data de ontem (04/10), indignado com a atitude do município. A nota diz que a "entidade não tomou prévio conhecimento de que precisam optar pelo encaminhamento dos idosos em tratamento, buscar atendimento cardiológico para os pacientes em outro município". A nota diz ainda que "a administração desconsidera todas as dificuldades de saúde e logística dos cidadãos idosos acolhidos pela instituição, desvirtuando e comprometendo a qualidade dos serviços públicos de saúde." Na verdade isso já vem ocorrendo faz tempo, desde o corte de medicamentos no início desta gestão. O presidente do Lar Padre Leone, Antonio Carlos Romagnoli chega a fazer um apelo para que o prefeito reveja a decisão. "Esta entidade defende que a população por nós acolhida possa ser atendida localmente, sem necessidade de deslocamentos para outras municipalidade para a realização de exames e consultas".
O paciente que precisa do exame cardiológico não pode esperar para realizá-lo. Principalmente idosos que encontram-se acamados e praticamente impossibilitados de remoção. A que devemos entender esta atitude senão retaliação? Que o prefeito se digne vir a público e esclareça esta situação porque sua secretária de saúde, foge da imprensa como o diabo foge da cruz!
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