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Folha Regional Online

Segunda-feira, 28 de Abril de 2025

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Prefeito José Maria, abre processo contra Boca Aberta por denunciar "corte na refeição" para merendeiras e professoras

Denúncia foi feita por Boca Aberta a imprensa em novembro de 2023. Incomodado com repercussão negativa prefeito recorre com assédio Judicial

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Prefeito José Maria, abre processo contra Boca Aberta por denunciar
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    O pré candidato a prefeito de Ibiporã, Emerson Petriv, o Boca Aberta vem sendo alvo de inúmeras representações na Justiça quase que semanalmente, desde o ano passado quando mudou seu domicílio eleitoral para Ibiporã.  Os autores de mais de uma dezena de processos, são grupos políticos e servidores agraciados com cargos de confiança na atual administração. Estes não lograram êxito perante a Justiça na tentativa de convencer a Justiça Eleitoral e anular o título eleitoral do pré candidato.

    Ontem o grupo do prefeito sofreu nova derrota na Justiça, contra a acusação feita pelo Ministério Público a pedido do partido Solidariedade, de fazer "campanha eleitoral antecipada". A invasão de seu domicílio bem como a apreensão de seu caminhão além de documentos, também foi considerado pelo ex-deputado como "abuso de poder" e uma forma de coação  e assédio judicial, o que também não encontra respaldo legal.  

   A perseguição contra Boca Aberta, na medida em que as tentativas de tirá-lo do páreo eleitoral no tapetão, não cessam. Desta feita, o próprio prefeito José Maria, na condição de presidente do PSD local, impetrou nova representação contra o pré-candidato por conta de um vídeo gravado em novembro do ano passado, quando Boca Aberta, denunciou a suposta perseguição do prefeito contra professoras e servidoras das cozinhas nas creches (merendeiras), impedindo-as de fazerem sua refeição junto com as crianças com as sobras das panelas.

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   Na época, Boca Aberta estava em Brasília quando tomou ciência do fato, denunciado por uma professora, onde teria se compadecido com a situação e saiu em defesa das servidoras. O prefeito relatou em sua petição que "foi surpreendido com postagens feitas pelo representado em suas redes sociais, instagram e facebook, com falas inapropriadas e permeadas de fake news", meios dos quais teria se utilizado para desferir ataques a sua candidatura a reeleição.

   Desde o ano passado até aqui, o prefeito parecia não ter se incomodado com o fato, mas nos bastidores da prefeitura corre o boato que o prefeito está em "desespero" desde que teve acesso a números de que sua relação com a população na periferia, não é das melhores. Outro fator, foi o comentário de uma servidora que viu o vídeo num grupo de whatssApp afirmando na rede social que o fato era verídico. "É verdade, eu trabalhei na  Alice Roma aqui no San Rafael e eles não deixam comer nada. A sobra eles doam para um rapaz que leva para os porcos e criação de galinhas e outros bichos", relatou a internauta em print utilizado na acusação.

    Segundo uma fonte na administração, o prefeito estaria inconformado com sua queda de popularidade. Por isso buscou neste período pré eleitoral agregar para si, o maior números de partidos que possam lhe garantir votos para reeleição. Correr atrás do MDB foi uma delas, o mais tradicional partido com história no município e que agrega "milhares de eleitores de carteirinha" que votam na sigla e não no candidato. "Os demais não o incomodam, não têm a mínima chance", revela um dos vereadores aliado ao grupo do prefeito.

   "Não contavam com a chegada de Boca Aberta e hoje o prefeito me vê como uma ameaça ao seu reduto eleitoral, e dá a entender que preciso ser erradicado a qualquer custo. Só se mandar me matar",  desabafa Boca Aberta.  O fator do prefeito manter aliados de grupos de esquerda em cargos de confiança, tratar a população da periferia com desdém em detrimento da região central, as inúmeras denúncias de problemas na saúde também contribuíram para sua queda de popularidade.  "Não é culpa minha se a cidade é mau administrada e tenho propostas de mudanças que agradam a população", relata.

   O mediocridade da petição, para não dizer piada, é tentar fazer a Justiça Eleitoral entender que questionar a destinação da merenda que vai para o lixo (mesmo que observando preceitos legais) é provocar "confusão dolosa para interferir e macular psicologicamente os cidadãos e isto não pode ser permitido"... Não parece drama de enredo de novela mexicana?  Então a verdade não pode ser dita? 

    Acaso o prefeito não estaria tão somente, cumprindo determinação legal? Ainda que moralmente discutível, num caso que caberia perfeitamente o bom senso, com o poder público complementando com recursos próprios geralmente despendidos em dezenas de aditivos em cada obra licitada? Outra aberração na petição é acusar Boca Aberta de divulgar "mentira, quando é fato" imputando-lhe com isso "fomentar a sua candidatura a prefeito de Ibiporã". Que candidatura? Acaso já ocorreram as convenções? O candidato apontado já tem número? O advogado do prefeito tem bola de cristal para afirmar que tal fato "desestima e contamina socialmente" a pré candidatura de José Maria?

     Nem vamos nos ater aqui a outras impressões da petição que a luz de qualquer magistrado letrado soa como primária. Em relação ao prefeito José Maria e seu cuidado em obedecer as regras do jogo no tocante a questão da merenda, não há o que se discutir, até porque tem experiência de sobra na administração pública e se assim o procede, é porque cumpre a legislação.  Para Emerson Petriv, "esta ação, sem pé nem cabeça, não passa de mais um assédio natimorto. Afinal, o advogado do prefeito, Ricardo José de Oliveira, é o mesmo em todas as tentativas de assédio judicial contra os desafetos do prefeito e tem que fazer jus ao que recebe", observa. 

   Já dissemos aqui que a Lei Federal 11.947/2009 regulamenta a questão da alimentação escolar, que é destinada exclusivamente aos alunos. O prefeito só está cumprindo a Lei. Por outro lado há o entendimento do FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação que merendeiras terceirizadas, faxineiras, professores e demais servidores da educação podem usufruir das refeições desde que custeadas o "extra" pela administração municipal o que não acontece.  Boca aberta volta a reafirmar que "isto precisa mudar", finalizou.

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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