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Sabado, 18 de Janeiro de 2025
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PM salva apor telefone, homem de 30 anos que estava engasgado com pedaço de carne

Em outra ocasião, ela conseguiu ajudar recém-nascido de um dia de vida.

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
PM salva apor telefone, homem de 30 anos que estava engasgado com pedaço de carne
Divulgação PM
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    A policial militar Solange Fátima Bordignon, de 40 anos, estava de plantão no último fim de semana quando recebeu uma ligação via 190 da Polícia Militar (PM) de uma mãe em busca de orientação para o filho que engasgou com carne. Para a surpresa dela, se tratava de uma vítima de 30 anos. No mesmo instante, Bordignon anotou o endereço e passou a dar orientações da manobra de Heimlich, normalmente aplicada em bebês e crianças, mas que, com adaptações, também pode ajudar adultos. 

    "A senhora pega ele de costas para a senhora, com os dois braços, passa por baixo dos braços dele e com as mãos, tenta apertar ali bem onde tem um ossinho no estomago, um pouquinho para baixo, entre as costelas e puxa ele contra você", explicou a policial para a mãe. Após um tempo de chamada, é possível ouvir sons do homem tossindo. Uma irmã da vítima é que aplica a manobra. Aprenda a seguir como fazer a manobra. "A gente está tentando, mas não está dando certo", diz a mãe no telefone.

   A policial pergunta se a mãe já chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo 192 e os orienta a fazer isso, além de manter a aplicação da manobra no homem até a chegada do socorro médico. "Continua [a manobra], com as mãos assim, tipo um 'soquinho', e fala para ela (irmã da vítima) puxar ele contra ela, com as duas mãos bem no meio da barriga. [...] Fala para ele pender um pouco a cabeça para frente para facilitar a saída (de comida)", explica a policial.

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   Solange insiste para que a manobra continue sendo feita e liga para outros colegas da PM irem ao endereço e reforçar o pedido de socorro ao SAMU. A ligação durou cerca de 11 minutos. Em determinado momento o homem desengasgou com a ajuda da manobra, mas, ainda assim, a chamada só foi encerrada com a chegada da PM e do SAMU. O homem foi atendido e passa bem, segundo a polícia.

   Calma é diferencial para salvar vidas

   Tudo aconteceu no último domingo (7). A policial conta que aprendeu a fazer a manobra quando soube que estava grávida. Esta não foi a primeira vez que o procedimento a ajudou a salvar uma vida. Em 2022, uma mãe foi até o posto de trabalho de Solange em Toledo, no oeste do Paraná, com um bebê de apenas um dia que engasgou com leite. Feita a manobra pelas mãos da policial, o bebê sobreviveu.

    A segunda vez foi há pouco mais de um mês. Familiares ligaram no 190 e pediram orientação para atender um bebê de pouco mais de um ano que havia se afogado com comida. Com orientações pelo telefone, mais uma vida foi salva por ela. Manter a calma dos familiares presencialmente ou via telefone é essencial durante o salvamento, afirma a policial. “A primeira coisa que me vem na cabeça é que eu tenho que acalmar a pessoa, é falar pra ela que vai dar certo para ela conseguir. [...] Então, primeiro de tudo é passar tranquilidade para a pessoa, de que vai dar certo”, explicou Solange. Ela conta que esse tipo de ocorrência não é comum de ser atendido via 190, mas que o serviço está disponível para orientar as pessoas em diversas situações. “O 190 ele tem uma gama muito ampla. As pessoas fazem contato tanto para obter informação, orientação, como também, no momento de uma ocorrência. [...] É uma situação atípica na nossa rotina de serviço. [...] eu tinha já esse preparo, porque eu fui mãe, então eu me preparei com essa manobra”, afirmou.

Trabalho reconhecido

   A atuação do último fim de semana rendeu um agradecimento especial na sede da PM de Toledo. Solange foi recebida pelos comandantes da regional onde pessoalmente recebeu cumprimentos pelos serviços prestados. "A agilidade e eficácia demonstradas pela policial militar nesse momento crítico destacam sua capacidade exemplar, dedicação e competência em servir e proteger a comunidade, que, mesmo à distância, teve uma atuação crucial para salvar uma vida", disse a PM em nota. Solange contou que ficou muito feliz com o reconhecimento dado pelos superiores. “É uma sensação de dever cumprido, [...] Norteia a gente de que estamos conseguindo atender aquilo que é esperado enquanto sociedade e, claro, principalmente, na esfera criminal, que são as denúncias que a gente recebe e também nessa parte de poder estar auxiliando nessa emergência, que é tão crucial e que implica em salvar uma vida", disse a policial.

Como fazer a manobra de Heimlich em crianças ou adultos

    O engasgo, como o registrado em Toledo, acontece quando a comida ou objetos vão para o lugar errado quando engolimos alguma coisa. Com isso, o nosso organismo tenta expulsar o que não seguiu o caminho certo da deglutição (da boca até o estômago). Se a comida ou o objeto bloquear a Traqueia (um tubo que leva o ar que respiramos para os pulmões), a pessoa pode não conseguir respirar. A policial explicou que a manobra de Heimlich pode auxiliar tanto adultos, quanto crianças e bebês em casos diversos de engasgo. “A criança também, dependendo do tamanho, se ela for pequenininha, você consegue por ela de bruços, no braço ou até mesmo num apoio, mas que ela consiga ficar de bruços, você faz essa manobra dando tapinha nas costas.    Mas, se o tamanho dela já for maior, que não tem como você apoiar ela dessa forma, aí você faz segurando ela contra o seu corpo, de costas, pressionando ali a região do abdômen”, diz. Ela explicou que, em adultos, é uma espécie de abraço por trás, pouco acima da barriga, para tentar expulsar o alimento ou corpo estranho. "Para adulto você faz diferente, você tem que abraçar o adulto e pressionar praticamente a boca do estômago, entre o tórax e a região do umbigo", explica.

   No caso de adultos, ela considera ser mais fácil identificar os sinais de que a manobra está funcionando de acordo com a reação da própria vítima. "Quando é criança o desespero do outro lado da linha e também nosso, claro, é bem maior, porque criança muitas vezes não consegue se expressar. [...] Então ali você não tem muito reação da vítima", explicou a policial. “No caso do adulto, por exemplo, eu ouvi a mãe falando. A mãe estava de certa forma, mais tranquila e eu ouvi ele tossindo. Então, assim, a reação dele, você consegue ter uma base, de como está a situação", disse Solange.  “No caso do adulto, por exemplo, eu ouvi a mãe falando. A mãe estava de certa forma, mais tranquila e eu ouvi ele tossindo. Então, assim, a reação dele, você consegue ter uma base, de como está a situação", disse Solange.

FONTE/CRÉDITOS: g1PR
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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