A polícia civil concluiu inquérito da morte do empresário Adriano Aparecido Allio, de 57 anos, de Londrina, no norte do Paraná, encontrado morto carbonizado no próprio carro, que foi por acerto de contas. Allio, foi encontrado por policiais que estavam de patrulhamento á margem da Estrada da Água das Abóboras, próximo à ponte sobre o Ribeirão Jacutinga, divisa com Ibiporã no final de outubro de 2023.
Uma mulher e um homem foram presos suspeitos de terem participado da morte da vítima. Eles ficaram em silêncio durante o interrogatório com a presença do advogado. Ambos devem responder por homicídio qualificado e por motivo torpe - por impossibilitar a defesa da vítima, destruição de cadáver e dano. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Publico do Paraná (MP-PR) que irá analisar se deve ser enviado ou não à Justiça.
Dinâmica do crime
De acordo com o delegado João Reis, responsável pela investigação, o empresário foi atraído para um endereço com finalidade de matá-lo. "O casal é o principal suspeito da morte do Adriano. A vítima saiu de seu apartamento, vai até a casa do casal. Depois ele sai com o carro na frente e o veículo dos suspeitos atrás. Mais tarde retorna apenas o carro do casal", disse. Conforme as investigações, a vítima se deslocou até a casa do casal e, no imóvel, houve uma discussão antes de saírem com o veículo. "Houve uma luta corporal no interior dessa residência, a vítima depois foi amarrada com fitas adesivas e foi transportada no carro, e o carro foi incendiado", relatou o delegado.
Corpo é encontrado carbonizado no banco traseiro de carro incendiado
Liberada com o uso de tornozeleira eletrônica, durante o interrogatório, a mulher, que não teve o nome revelado, permaneceu em silêncio boa parte da conversa, mas negou ter participado do crime. "Ela se apresentou uma vez que o advogado conseguiu revogar a prisão temporária dela e substituição por medidas cautelares, no caso, o uso de tornozeleira eletrônica. Ela permaneceu calada durante a conversa", disse. O homem foi preso dias depois em Santa Catarina e está em regime fechado preventivamente na cadeia pública de Londrina. Conforme o delegado, há duas hipóteses para ter motivado o crime. "Primeiramente a vítima teve um caso extraconjugal com a mulher em 2014 e ela alega que teve um filho com ele. Recentemente estava cobrando dinheiro do Adriano por pensão atrasada. A outra situação é que o Adriano voltou a ter relações com essa moça e o atual companheiro dela acabou descobrindo e estaria fazendo ameaças para o Adriano em relação e ao retorno do caso extraconjugal", disse.
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