Apesar de compreender a boa intenção do prefeito nos investimentos em preservação e embelezamento da cidade, fato este de interesse coletivo, o ex-vereador Miro Despachante (PPS)é um dos responsáveis por observar e garantir a boa convivência e assegurar a organização urbana não observada por esta administração. É dele a indicação de 2017 que previa corredor entre os canteiros com livre faixa para pedestres, cadeirantes e senhoras com carrinhos de bebês. E, desta feita, no novo calçamento este detalhe não foi observado.
Com a destruição do antigo canteiro para os novos em "pavers", os locais nas devidas travessias de pedestres foram fechados, o que para o ex-legislador, é um absurdo. Chamada a atenção para este detalhe, a Prefeitura de Ibiporã, "reconheceu a falha" e, em vários locais, está quebrando o que foi feito, para abrir a passagem onde haverá faixas de pedestres. Um absurdo não previsto pela competente equipe de engenheiros da prefeitura, ou coisas dos chamados "arquitetos"? Aquele engenheiro que não deu certo como reza o dito popular.
Quebrar e refazer por falha de projeto ou incompetência? Nesta foto dois casos: falta de boca de lobo e passagem interrompida
Miro Despachante chama a atenção a observar as leis vigentes antes de construir canteiros, muretas ou fazer qualquer tipo de intervenção em espaços públicos. Assim como ações sem autorização da administração municipal podem provocar transtornos a outras pessoas, é inadmissível aceitar tantos erros da administração num simples projeto de reurbanização que poderia vir causar acidentes, prejudicar a passagem de carros e pedestres, não fosse a reclamação do ex-vereador com os responsáveis pela obra.
Outro ponto destaca Miro Despachante. Se a intensão era com os novos canteiros era promover um embelezamento "ecologicapaver" correto, a ecologia morreu longe. Um absurdo trocar grama por concreto, ainda que em tijolos porosos para absorver a água. A erradicação de centenas de árvores, e a instalação do novo calçamento, provocou um aquecimento nunca visto na cidade. O que era grama, virou concreto, o que absorvia a água e refrescava o ar. Agora com sol quente, libera vapores de calor aquecendo ainda mais o meio ambiente. Não dá para entender este conceito de "ecologicamente correto" quando se destrói o verde para plantar concreto. Sem falar que os vãos do paver mal instalados estão repletos de mudas de tiririca. Na Ibrahim Prudente já há moitas com quase meio metro de altura. Daqui a pouco Ibiporã poderá ser o primeiro exportador de tiririca para a China. Lá usam a fibra para fazer tapetes.
Por mais bem intencionadas que sejam as ações do Executivo, a prefeitura precisa respeitar e zelar pelo interesse coletivo proporcionando ações que visem melhorar a qualidade de vida. Há esquinas por exemplo, onde a rampa para cadeirante tem quase 10cm de degrau. E há outros locais em que o risco para cadeirante atravessar a avenida é um caos, pois não há redutores de velocidade.
Um exemplo disso é na nova rotatória na esquina do Campo Estrela. No centro, não se vê fiscalização na execução das obras. Na manhã de ontem, um fiscal da prefeitura chegou na avenida Santos Dumont as onze horas. Quatro horas depois que uma retroescavadeira havia destruído mais de 10 metros de calçamento novo por conta de uma galeria que não havia sido feita. Não só destruiu o meio fio como o calçamento em paver o que poderia ser evitado se fosse utilizada a "mini-retro" do Samae.
Enfim, graças a observação do ex-vereador e, considerando já a aplicação de sua indicação desde 2017, a administração está fazendo alterações reabrindo os vãos nos canteiros e corrigindo os erros inadmissíveis de uma prefeitura que possui um quadro de engenheiros e arquitetos. Sem falar nos absurdos cometidos nas instalações dos condutores de passagens de água subterrânea que desagua na rua. Como ex-vereador, Miro Despachante admira-se de não ver nenhum vereador da atual gestão, acompanhando o que está sendo feito, e apontando as falhas que estão escancaradas e lamenta que esta gestão do legislativo deixe tanto a desejar.
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