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Folha Regional Online

Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025

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Mamoeiro de cemitério em Ibiporã produziu mais de 170 frutos no pé de uma só vez

Fenômeno de frutas em interior de cemitério não é raro. Mas a produção de mamão em Ibiporã é coisa rara

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Mamoeiro de cemitério em Ibiporã produziu mais de 170 frutos no pé de uma só vez
Folha Portal/Ely Damasceno
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   "Não bebo nem água no cemitério, quanto menos comer fruta que deu em árvore de cemitério, tô fora!!". Você com certeza já deve ter ouvido algo parecido com isso em algum momento.  Pra mim, apesar de cemitério parecer ser o lugar mais sujo e nojento que tem, (por falta de cuidado de alguns entes de pessoas já sepultadas), encaro como um lugar que já inspirou tranquilidade e paz.

   Hoje não mais, dado a depredação, vilipêndio de cadáver, roubo de artefatos, e até local para consumo de drogas e prostituição. Sem falar nos cambalachos com a venda ilegal de túmulos de terceiros envolvendo servidores que "esquentam a documentação do crime", detentores de mandato que intermediam negociatas, donos de funerárias que participam do negócio, funcionários terceirizados que contribuem com o sumiço dos restos mortais de túmulo saqueado e vai por aí.  Sem falar naqueles que guardam até ossada de cadáver no armário, na geladeira da cozinha do cemitério e até mesmo embaixo da mesa da administração.

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    Dá para escrever um livro somente com o que já ocorreu em Ibiporã com pelo menos, quinze pessoas indiciadas. Mas este é assunto para outra reportagem, até porque há um processo correndo em segredo de Justiça.  Não sei porque o segredo... vai ver envolve mais gente grande que a gente imagina. Mas o assunto hoje é outro. Vamos lá...

   Você teria coragem de comer alguma fruta, nascida em árvore dentro do cemitério? Em dentro de um túmulo abandonado, com  farta produção de frutos e viçosa aparência?  Não é a primeira vez que vejo árvore frutífera no interior de cemitérios. Já ví manga, limão, banana, côco, pitanga, jambolão, goiaba, juá e por aí.  Mas um mamoeiro que de uma tacada só, apresenta mais de 170 frutos de uma só vez, é novidade. Vai para o "Guinness book".  Tem segredo nesse adubo.  Na minha cidade natal, Santa Cruz do Rio Pardo, tem uma goiabeira no cemitério que você não encontra um bicho! E o segredo não é a água do rio. É um mistério.

   Voltando ao caso de Ibiporã, para quem não acredita, basta fazer uma visitinha ao túmulo, quer dizer ao mamoneiro que nasceu no centro do cemitério São Lucas, bem próximo a capela e ao velário. Ele está lá, belo e formoso madurando seus frutos. Dizem que é seguro comer frutos de cemitério, embora algumas pessoas tenham ojerisa já foi provado que não provoca nenhuma patologia.  É coisa de cabeça! Este mamoeiro é tão saudável que não precisa sequer de controle de pragas. Outra curiosidade, é que nem mesmo o fruto que já madurou foi beliscado pelos pássaros. Porque será? (...)

    Seja como for, por fatores genéticos, químicos, físicos, biológicos, e até cultural, uma maravilha dessa não merece exclusão ou erradicação, mas proteção, imunização, até porque serve de terapia, até mesmo para os mais supersticiosos que ao apreciá-lo juram nunca mais passar por perto. Não vejo a hora de pedir autorização da prefeitura para colher um desses frutos ao madurar para experimentar. 

 

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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