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Segunda-feira, 14 de Julho de 2025
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Judiciário determina suspensão de comercialização e realização de obras em loteamento clandestino em Ibiporã

Decisão foi embasada em Ação Civil Pública após denúncias de irregularidades chegarem ao Ministério Público

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Judiciário determina suspensão de comercialização e realização de obras em loteamento clandestino em Ibiporã
Ministério Público do Estado do Paraná
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    Em resposta a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Paraná, o Judiciário concedeu liminar que determina a imediata suspensão de vendas e novas obras em um loteamento clandestino com 15 lotes na zona rural de Ibiporã. A decisão, expedida pela Vara Cível de Ibiporã, decorre de ação civil apresentada pela 1ª Promotoria de Justiça da comarca, que identificou a ocorrência de parcelamento ilegal do solo rural na localidade denominada Gleba Dr. Antônio Ferraz, em Poço Bonito, às margens do rio Tibagi.

   Este Portal de Notícias já havia apontado aqui indícios de irregularidades em pelo menos 21 loteamentos no município de Ibiporã, confirmados pela Promotoria que já havia recebido denúncias. No final do ano passado, a “regularização” de alguns destes, foi aprovado pelos vereadores da gestão passada a "toque de caixa", o que em tese beneficiaria proprietários de áreas a serem fracionadas e vendidas irregularmente.

   Segundo o apurado nas investigações, os lotes, com dimensões entre 1,5 mil e 3 mil metros quadrados estariam situados em Área de Preservação Permanente (APP), e foram ilegalmente comercializados, sendo a maioria destinada ao uso como chácaras de lazer, com edificações como casas, piscinas, áreas de playground e até mesmo um deck às margens do rio Tibagi, o que vêm causando danos ambientais e descaracterizando a função social da propriedade rural.

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   Além da interdição do imóvel, a decisão liminar determina que os proprietários dos lotes interrompam qualquer tipo de obra nos terremos, considerando habitações, poços, fossas ou implantação de redes de águas, esgoto, eletricidade e iluminação. Além disso, não poderá mais ser feita qualquer negociação que implique a subdivisão do imóvel.

   No mérito da ação, a Promotoria de Justiça busca o fim do loteamento ilegal e a devolução da área ao seu estado original, com a regularização da situação, com a demolição das edificações ilegais, retirada de qualquer resíduo de construção e restauração da área de preservação permanente degradada.   Na região do Recanto do Engenho, também há denúncias de que áreas adquiridas com a finalidade de especulação imobiliária também estão sob investigação por possuírem nascentes que estão sendo obstruídas com a finalidade de serem fracionadas em lotes. Estamos acompanhando o trabalho da Promotoria que está de parabéns por acatar as denúncias, investigar e tomar as providências necessárias para a preservação do meio ambiente e coibir ações de especulação imobiliária.

Áudio do promotor de Justiça José Paulo Montesino Gomes da Silva

Ouça o áudio da Promotoria de Justiça.

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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