Têm sido recorrentes as reclamações da população com problemas relacionados à coleta e descarte incorreto do lixo em Ibiporã. Não bastasse as "falhas" na coleta em vários bairros, longe do centro, cenas de pilhas de despejos são comuns em terrenos baldios, margem estradas rurais e fundos de vales. As queixas por falta de atenção com a gestão dos resíduos se multiplicam na cidade, revelando a dimensão do problema.
Para facilitar o trabalhado, os coletores (garis) retiram os dejetos de determinadas residências da rua e os amontoam em um lugar só, a fim de agilizar o recolhimento. Apesar de representar certa praticidade para os trabalhadores, a prática gera algumas queixas por parte dos moradores. No bairro Cinquentenário, o aposentado Luis Carlos Silva conta que já teve o lixo esquecido por várias vezes. O lixo fica amontoado no meio da rua onde quando não é os cães que rasgam e espalham, é carro que passa por cima e arrasta os sacos deixando a rua cheia de lixo. Este não é coletado. Em algumas ruas o caminhão da coleta seletiva só consegue entrar de ré, então é comum ele ficar na esquina enquanto os funcionários passam recolhendo os sacos, mas acontece que muitas vezes algumas casas são deixadas para trás conforme já noticiamos aqui, várias reclamações.
Preocupado com a situação, o morador do Jardim Cinquentenário informou que já entrou em contato com o Samae, que responde pela coleta de lixo para relatar o ocorrido e o "descaso" no atendimento o deixou ainda mais revoltado. Em outra parte da cidade o problema com o lixo é quase crônico. Na zona sul da cidade, os dejetos estão acumulados em vários pontos. São sacos com lixos secos e orgânicos, além de restos de móveis e materiais para construção. O mesmo também acontece no fundo de vale da rua Porecatú.
“Esse problema é antigo, infelizmente”, disse uma moradora da zona sul. “Muita gente joga o lixo nesses pontos, sem se preocupar com as consequências que isso pode ter consequências para todo mundo que mora aqui” acrescenta, afirmando que nada parece sensibilizar quem joga lixo no local. "De vez em quando a prefeitura passa por aqui e dá uma "benzida" no local e fica por isso mesmo", reclama.
Se por um lado, alguns moradores tentam buscar alternativas para a questão do lixo, separando adequadamente e mantendo a lixeira fora do alcance de cães, por outro, há aqueles que simplesmente abriram mão dessa preocupação e, aos poucos, transformam as ruas do bairro em um verdadeiro lixão a céu aberto, com descarte incorreto de resíduos sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.
Apesar das queixas dos moradores em relação à falta de fiscalização por parte do Samae é evidente que a solução do problema começa em casa, com a educação ambiental e conscientização da população, como destaca o servidor municipal e vereador Augusto Semprebom. “As pessoas têm que entender que todo o lixo descartado de maneira incorreta vai gerar uma consequência. Isso é fato”, observa. “Eu tenho certeza que, mesmo a Prefeitura colocando lixeiras em determinados locais, ainda terá gente que vai insistir em jogar no barranco. É uma questão educação”, completou referindo-se ao problema na Estrada do Barreirão na Zona Sul da cidade. “Parece que ninguém se preocupa com as consequências disso, sendo que os mais prejudicados somos nós mesmos”, lamenta o vereador que espera mudanças com a nova licitação no serviço de coleta em vista pelo Samae.
Uma nota oficial publicada pelo Samae, refuta uma reportagem da Folha de Londrina que aborda a questão de lixões a céu aberto, relatando que isto não existe em Ibiporã. Talvez seja porque o sobrinho do prefeito, não tira a bunda da cadeira e dê uma volta pela periferia da cidade para tomar ciência da realidade. No aconchego do ar condicionado, cafezinho quente e gordo salário no final do mês, para quê se dar ao trabalho de verificar "in loco" determinadas situações? Essa é a pergunta de quem paga caro pela coleta do lixo.
Frente às queixas da população em relação à gestão do lixo no município, não basta a prefeitura trocar a empresa terceirizada. Até porque é de conhecimento público que boa parte, senão a maioria dos trabalhadores serão recontratados. Alguns até por indicação de vereador que coloca a mulher em cargo. Logo é preciso a melhora no Plano de Trabalho para a coleta de resíduos sólidos urbanos, além dos vários programas de educação ambiental junto a condomínios, zeladorias, associações de bairro, escolas e creches no sentido de distribuir o cronograma de coleta, além de palestras e treinamentos conscientizar sobre a separação dos resíduos.
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