Apesar dos benefícios que a chuva vem trazendo para a região nos últimos meses, é natural que a lavoura se desenvolva a pleno vapor. Na mesma medida, entretanto toda a espécie de verde, como o capim colonião, capim guiné ou capim elefante ou brachiaria também conhecido como "gramínia xaraés", se desenvolvem rapidamente com a umidade e o calor. Ibiporã hoje é o maior produtor desta espécie de alimento tão apetitoso para o gado.
O que é produzido especialmente nas áreas que estão sob o domínio da prefeitura, dá para alimentar fartamente vários rebanhos. Resta saber qual é o tipo de gado que será agraciado com a fartura de alimento que cobre calçadas e invade ruas. Dizem as más línguas que apenas o gado da periferia deve comer capim. Porque o gado do centro é mais nobre e é tratado com farelo de paver. É o gado que dá mais retorno em arrecadação durante a campanha eleitoral. Por outro lado a prefeitura poderia explorar a produção com a venda para engorda e fazer uma "grana extra" além do salgado IPTU que vem aí... Quem sabe até caixa de campanha...
Ironias e metáforas a parte, o que acontece na Zona Sul e outros bairros da cidade, é uma vergonha. A causa da polêmica é a mesma. Ou seja, o estado de abandono que alguns locais apresentam. Por toda a cidade, o crescimento do mato em algumas ruas e avenidas virou tema de discussão nas redes sociais a ponto da população pedir socorro até para pré-candidato.
Nos pontos com grande incidência de mato, como na rua Iracema Carbonez de Souza entre a Vila Verde e o Conjunto Pedro Moreli, não existe mais passeio e parte da rua já está tomada pelo mato. Há reclamações da população e o principal problema apontado é que em vias de terra, o matagal já cobre alguns trechos, fazendo com que até partes da ruas, deixem de existir. E ocorre dois dois lados da via que abrigam a Escola Estadual Ulisses Guimarães e o CMEI - Profª- Maria Cristina Alves Pereira Wosny.
Pedestres como as mães com carrinhos de bebês e crianças precisam caminhar pela rua porque não há calçadas em ambos os lados da via que possam ser utilizadas. "Daqui a pouco estamos andando no barro", diz uma moradora do bairro. A situação crítica deste local em particular é apresentado por morador em um vídeo postado no grupo "Fiscaliza Ibiporã" do qual o prefeito faz parte na mesma medida que faz vista grossa para o problema. Da mesma forma, os reclames recaem também sobre os vereadores. "Isto é uma pouca vergonha. A população não merece isso aqui", diz o interlocutor no vídeo.
“Essa questão de poder fazer a capina apenas em vias asfaltadas e calçadas, deve ser revista. A zona sul ainda tem algumas ruas que não viu asfalto e o prefeito faz asfalto em cima de asfalto bom, como o fez na rua Vitoriano Valente, por sinal rua de sua casa e outras na área central que não necessitavam de recape", observa outro cidadão do bairro. "Veja esta situação, o mato que está à direita da rua está quase encontrando com o da esquerda. Além dos animais peçonhentos, temos a Dengue, Zika e Chickungunia em alta e a capina deve ser prioridade”, disse.
A situação do mato é apontada como a causa para o aparecimento de grande quantidade de ratos e bichos nas casas dos moradores. “Você anda na rua e vê muitas baratas e ratos e nos quintais até gambás tem aparecido”, apontou uma estudante. "Aqui perto da escola, a coisa está feia. Vai começar as aulas e tanto aqui, como lá embaixo na creche não há outro jeito senão todos andarem pela rua", reclama. De acordo com os moradores dos locais mais afetados pelo problema, como a Vila Verde, o mato dá um aspecto de abandono e incomoda. Além disso, o tempo é propício para o surgimento de diversos animais peçonhentos como a surto de escorpiões que estamos vendo por toda cidade.
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