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Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
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Política

Faltam políticas públicas para o SUS funcionar, diz Dra. Carolina Sacca

Longa espera por atendimento é inadmissível e esta será sua bandeira na luta pela saúde

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Faltam políticas públicas para o SUS funcionar, diz Dra. Carolina Sacca
Folha Portal/Arquivo/Divulgação
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   As políticas públicas, por definição, são conjuntos de programas, ações e decisões tomadas pelos governos nacional, estadual ou municipal que afetam a todos os cidadãos, de todas as escolaridades, independente de sexo, cor, religião ou classe social. A política pública deve ser construída a partir da participação direta ou indireta da sociedade civil, visando assegurar um direto a determinado serviço, ação ou programa. "No Brasil, o direito à saúde é viabilizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) que hoje, carece urgentemente ser revisto, com novas propostas de políticas públicas. É inadmissível que e uma mãe passe horas na recepção de uma UPA, ou mesmo qualquer outro hospital aguardando atendimento para um filho doente", diz a Dra. Carolina Sacca, com mais de 30 anos militando na área de saúde e disposta a disputar uma cadeira na Câmara Federal.

Dra. Carolina Sacca: Modelo de gestão de atendimento pelo SUS precisa ser revisto com novas políticas públicas

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   No seu entendimento, o modelo que hoje está em prática, não funciona. "O meu maior sonho é poder contribuir de verdade com a saúde do nosso povo, de nossa cidade e nossa região. Nós temos vários e bons hospitais, assim como excelentes profissionais na saúde. Conheço quase todos eles e sei como funciona. O que falta mesmo, são políticas públicas que façam o SUS funcionar", observa. 

   Para Carolina Sacca, que comanda ao lado do marido o Laboratório Carlos Chagas, os modelos são expressos em políticas, programas e serviços de saúde que estejam em harmonia com os princípios e diretrizes que estruturam o SUS. Neste contexto, defende um reestudo do funcionamento no sistema, colocá-lo em prática e observar se a aplicação está dando resultados. "No campo de políticas públicas de saúde, há que se observar isso e se não funcionar, prossegue-se a pesquisa com a experiência de novos modelos. O que não pode acontecer é ficar acomodado com o modelo que aí está,  à vista de todos com hospitais lotados, e filas de espera que chegam a absurdas 10, 12 horas de espera. Em alguns casos até mais. É preciso promover urgente a melhoria das condições de vida e saúde da população", complementa.

   Carolina Sacca destaca que no próximo mês, é um período no calendário repleto de significações referentes aos cuidados com a saúde. "Mas não é só em setembro que as atenções devem estar voltadas para isso. É preciso garantir não só o atendimento de qualidade como também proporcionar ao cidadão a prevenção e tratamento", diz.

  Ela cita o Setembro Amarelo como exemplo. Que tem como tema principal a prevenção ao suicídio. E aponta números da Organização Mundial da Saúde (OMS), que em 2020, mais de 12 mil pessoas morreram por esta causa, o que significa a terceira causa de óbitos de jovens entre 15 e 29 anos de idade no país. São mais de 800 mil ao ano no mundo. O Brasil só perde para os Estados Unidos.

“É uma situação que exige dos nossos governantes uma preocupação e os cuidados necessários, principalmente no que diz respeito de chamar a atenção da sociedade para que seja visto este problema. Os dados são assustadores e alarmantes”, afirmou.

"É inadmissível mães esperarem por horas como uma criança doente na fila de espera"

    Dra. Carolina também cita o Setembro Verde, que trata da conscientização sobre doação de órgãos que são instituídos através de Lei. "Eu acho um absurdo nos dias de hoje, o estado sancionar uma Lei que usa de barganha (trocar medula óssea por isenção de taxas de concurso público) para estimular o cidadão, quando devia fazer uma campanha para conscientizá-lo. É uma redação absurda que precisa ser revista do ponto de vista, prático. O cidadão consciente precisa ser voluntário, e não ser usado como moeda de troca para a Lei estar em prática", pontua a profissional de saúde.

   Há também o Setembro Lilás, sobre a conscientização do Alzheimer. Ela expôs dados que apontam o crescimento de 127% no número de casos em 30 anos. Para encerrar, também cita o Setembro Dourado, que trata da conscientização sobre o câncer infanto-juvenil, tema da Lei Nº 7367/2011, que institui o dia estadual de combate ao câncer juvenil.

   A doutora destaca que as doenças oncológicas são a primeira causa de morte de um a 19 anos, mas podem ser tratadas adequadamente caso descobertas no início. “A prevenção é muito importante e a gente espera que de fato novas políticas públicas possam ser trabalhadas e ser dada a visibilidade através de conscientização e de sensibilização da sociedade. E é para isto que estamos disposta a trabalhar em defesa de nossa gente.”, finalizou.

Nota da Redação: Esta entrevista obedece aos preceitos legais contidos na Legislação Eleitoral em vigor.

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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