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Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024
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Deputados estaduais aprovam projeto que autoriza acordos entre Ministério Público e promotores que cometeram infrações

Mudança vale para casos considerados de 'menor potencial' e prevê assinatura de Termo de Ajuste de Conduta antes da abertura de processo administrativo

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Deputados estaduais aprovam projeto que autoriza acordos entre Ministério Público e promotores que cometeram infrações
Divulgação g1/PR
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     A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, nesta terça-feira (16), o projeto de lei que permite que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) firme acordo com promotores que cometeram infrações de menor potencial. Trinta e um parlamentares votaram a favor e oito contra.         A mudança deve substituir, por exemplo, eventuais sanções como advertências, censuras ou multa aos promotores. A proposta muda trechos da Lei Orgânica do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e autoriza que a Corregedoria-Geral do MP proponha um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a promotores investigados antes da instauração de um processo administrativo. 

   O Ministério Público justificou que a alteração tem o aval do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que já vale em outros estados e reforçou que o TAC não poderá ser aplicado em casos em que os promotores estiverem sujeitos a sanções mais graves, como suspensão ou demissão. Outro argumento é que a modificação na Lei Orgânica vai evitar a demora no desfecho de processos e até mesmo a prescrição dos casos em que os promotores viram alvo de investigações internas.

   A Assembleia Legislativa tratou do projeto de lei em 2023, mas retirou o assunto de pauta durante o escândalo que envolveu o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD). Traiano assinou Acordos de Não Persecução Penal (ANPP) e de Não Persecução Cível (ANPC) com o Ministério Público depois de confessar ter pedido e recebido propina, mesma confissão do ex-deputado Plauto Miró. Eles confessaram que pediram e receberam propina do empresário Vicente Malucelli, que tinha um contrato de prestação de serviço com a Assembleia Legislativa. Gravações desses acordos revelaram como foram as negociações para a obtenção da propina.

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   Como foi a votação

   Os deputados que apoiam o governador Ratinho Junior (PSD) concordaram com o projeto, que foi protocolado pelo próprio MP. Os parlamentares minimizaram o risco de que a alteração poderia gerar impunidade para promotores que cometam desvios de conduta. O líder da bancada da oposição na Assembleia, deputado Requião Filho (PT), disse que liberou a bancada na votação porque não houve acordo nas discussões. Apesar das discordâncias, todos os parlamentares de oposição votaram contra o projeto. 

FONTE/CRÉDITOS: g1/PR/Folha Portal
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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