O corpo de Wicken Celestin, 55 anos, última vítima de explosões em silo de Palotina, no oeste do Paraná, permanece no Instituto Médico-Legal (IML) de Toledo, na mesma região, aguardando liberação, de acordo com a Polícia Científica do Paraná. Segundo o órgão, como a vítima que era de origem haitiana e não possuía familiares no Paraná, a instituição está em contato com a Embaixada do Haiti para definir como será feita a liberação do corpo.
Celestin foi encontrado na tarde de ontem, segunda-feira (31). Ele fazia um serviço em um túnel subterrâneo abaixo de um armazém com capacidade para 11 mil toneladas de grãos e estava desaparecido desde as explosões registradas na quarta-feira (26). Outros oito trabalhadores, entre eles sete haitianos, também morreram na tragédia. A Polícia Civil e o Ministério Público do Trabalho investigam o caso. Celestin, de 55 anos, tinha comprado passagem para que a esposa dele viesse para o Brasil, conforme o sobrinho dele, Walter Milfort.
Na tarde de quarta, explosões sequenciais foram registradas em um silo de armazenagem de grãos da cooperativa. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o silo da cooperativa explodiu. A cooperativa tem atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. Ela é considerada a 5ª maior do agronegócio na região sul do Brasil em vendas e a 2ª maior do Paraná.
Para o resgate das vítimas, o Corpo de Bombeiros montou uma força-tarefa. Segundo a instituição, durante as buscas foram disponibilizados mais de 35 socorristas e cães de Palotina, Cascavel e Toledo, cidades do oeste do Paraná. Na noite de quarta, o governo estadual enviou, em dois aviões da Casa Militar, 14 bombeiros do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), equipe especializada da corporação, além de dois cães.
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