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Folha Regional Online

Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024

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Centro de Eventos que leva nome de pioneiro, está abandonado e em situação decadente

Situação retrata quão irresponsável o prefeito é com a memoria de cidadão cuja família é pioneira na cidade

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Centro de Eventos que leva nome de pioneiro, está abandonado e em situação decadente
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   O Centro de Eventos de Ibiporã, inaugurado em outubro de 2004, na administração do ex-prefeito Reinaldo Gomes Ribeirete, para receber grande atrações como, feiras, exposições, shows artísticos, parque de diversões e eventos em geral está em total estado de abandono.   O patrimônio público que sediou na inauguração a 10ª edição da FECOM – Feira do Comércio, recebeu o nome do pioneiro Domingos Pires Gonçalves, carinhosamente chamado de "Domingão". 

   Um local que a princípio tornou-se referência na região dentre as cidades do porte de Ibiporã chegando a receber mais de 100 expositores de diversos segmentos empresariais, organizacionais e governamentais, com a visita de mais de 30 mil turistas de várias cidades da região em eventos que chegaram a durar três dias com grandes atrações, ofertas do comércio e lançamentos de produtos e implementos agrícolas.  Um local aprazível e centralizado que chegou a receber grande shows como do Grupo Madry in Concert e a gravação do DVD ao vivo da dupla João Marcio & Fabiano que levou o nome de Ibiporã para todo o Brasil.

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    Até 2008 ao final da gestão Beto Baccarim, o Centro de Eventos era utilizado inclusive pela Associação Comercial e Empresarial de Ibiporã para a realização das feiras anuais do comércio (FECOM), até que o atual prefeito retornou ao poder. Logo ao assumir, o prefeito José Maria destilou todo seu ranço político contra os desafetos (então familia Ribeirete e Pires) fechando o Centro de Eventos para a sua real finalidade transformando o local num depósito de lixo.  Uma humilhação à memória do pioneiro homenageado, cujas famílias deixaram legados no desenvolvimento social e econômico de nossa cidade.  Não satisfeito, deixou o prédio em situação de abandono, sendo invadido por moradores de rua e usuários de drogas. Nem mesmo a intensão de ocupar melhor o espaço para a instalação da Escola Superior da Polícia Civil (ESPC) sugerido pelo então membro da Adesg - Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra e vereador Flaubert Semprebom, foi aceito.

    O prefeito dividiu o espaço, e passou a ocupar então a área do pátio para estacionamento dos veículos da educação e a segunda parte para sucatas em geral, incluindo partes das estruturas utilizadas nas decorações natalinas, que por sua vez, também estão ao abandono no tempo sujeito a sol e chuva. Várias peças já foram inutilizadas e algumas até acumulando água e servindo de foco de dengue (mais de 40) conforme já foi constatado pelo próprio pessoal da Vigilância Sanitária. A situação do imóvel retrata quão irresponsável é o prefeito com a memória do cidadão homenageado e a falta de respeito com a família pioneira no município. Sem falar no estado de abandono que o imóvel se encontra em alguns pontos tomado pelo mato. E o prefeito, preocupado com as condições do SERI. Isso é uma vergonha!

   No portão de acesso ao Centro de Eventos, ainda na calçada é possível notar o retrato do descaso. Infiltrações, sujeira, pichações, falta de iluminação e uma frase que diz tudo. "E aí, prefeito? Tô abandonado? Tinta no sistema!" 

     É legítimo que o Ministério Público ajuíze demandas relativas ao abandono do patrimônio público não só pelos transtornos decorrentes do abandono de imóveis como um dos centros comunitários tomados por moradores de rua. Entre outras coisas, os reclamantes demonstraram que há prédios públicos que servem  como ponto para usuários de drogas, depósito de lixo, refúgio para desabrigados e como meio para a proliferação de transmissores de doenças. Não caberia porventura uma ação civil pública, proposta por intermédio da Promotora de Patrimônio Público nestes casos? É inadmissível que patrimônio como este, no centro da cidade praticamente e outros como na Taquara do Reino fiquem fadados ao abandono. 

Infiltrações já derrubaram parte da fachada de concreto e corre o risco de uma hora desabar

No pátio muita sucata, lixo e mato tomando conta

 

 

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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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