Esta não é a primeira vez que abordamos este assunto. Entretanto, Ibiporã continua a prestar um serviço de saúde ruim, no melhor sentido da palavras, na contra-mão do que se espera de uma administração voltada a atender ao cidadão com dignidade. A Farmácia Comunitária, é outro exemplo de má gestão e motivo de inúmeras reclamações da população, muito longe do que já foi um dia quando idealizada pelo vereador Rafael da Farmácia.
Farmácia Comunitária é uma terminologia utilizada mundialmente para designar farmácias que atendem o público oferecendo não só medicamentos e outros produtos, mas também serviços de saúde. Aliás, em tese deveria ser assim. Porque cada município em particular que teve instituído a Farmácia Comunitária, há diferenciação desses estabelecimentos dependendo de sua finalidade econômica e assistencial, seja como farmácia de manipulação, farmácia sem manipulação (ou drogaria) e farmácia hospitalar, por exemplo.
Em Ibiporã não se vê uma definição satisfatória. Pelo contrário, o péssimo serviço oferecido pelo município é uma vergonha. A falta de gerenciamento, e profissionais competentes, é a única explicação para filas que chegam até a rua. O cidadão além da demora na espera, fica no tempo, seja sob sol ou chuva. O atendimento é precário e demorado pela falta de atendentes. Não há sanitários públicos no estabelecimento e a responsabilidade de administrar fármacos e medicamentos de alto custo (medicamentos controlados), recebemos a denúncia de que são entregues à responsabilidade de estagiários, contrariando determinações legais instituídas pelo Ministério da Saúde cuja fiscalização cabe igualmente a Vigilância Sanitária.
Não há sistema de agendamento, o que seria muito mais prático, evitando filas e agilizando o serviço, como ocorrem em Londrina, por exemplo onde o serviço de saúde não é o melhor exemplo, mas neste particular, funciona na prática. "Falta em Ibiporã auxiliares de farmácia ou técnicos a fim de acompanhar a entrega das medicações", denuncia um cidadão que inclusive já abordou vereadores sobre a falta de respeito ao cidadão, geralmente idoso que busca este serviço. Por vezes é obrigado a ficar muito tempo na espera e sequer há um banheiro no local.
Teoricamente, a Vigilância Sanitária (atividades definidas na RDC nº 44/2009) deveria realizar ações para identificar, mitigar ou prevenir riscos no uso de produtos e serviços pela população atuando não só nas inovações, mas no monitoramento de produtos e serviços já reconhecidos na rotina das pessoas. No caso específico da farmácia, há diferentes fatores observados, pois ela é um local de distribuição de produtos regulados (medicamentos e cosméticos, por exemplo) e em alguns casos, até serviços de saúde, como administração de medicamentos e vacinas, realização de testes para aferição de glicose e outros parâmetros, além de assistência farmacêutica. Mas em Ibiporã, esta realidade de Farmácia Comunitária, assim como esperar melhora no Serviço de Saúde nesta administração, é utopia.
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