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Segunda-feira, 21 de Abril de 2025
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Alunos da rede municipal estão sofrendo com o intenso calor e os climatizadores de ar sem manutenção

Reclamação é de uma coordenadora de educação que cansou de aguardar decisão do prefeito: teme por represália!

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Alunos da rede municipal estão sofrendo com o intenso calor e os climatizadores de ar sem manutenção
Divulgação/Arquivo Folha
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     No município de Ibiporã, Estado do Paraná mais uma vez trabalhadores da educação saem em defesa dos alunos e denunciam que o descaso do governo municipal com as condições insalubres nas escolas públicas em meio à crise climática que atingiu um nível intolerável. 
  A comunicação vem depois de reunidas lideranças de várias comunidades escolares onde revelam que, em um verão de temperaturas altíssimas, as salas de aula tem se transformado em verdadeiras estufas, sem climatização ou condições mínimas de funcionamento, colocando em risco a saúde de quem trabalha e estuda nelas. 
    “Desde o no passado (2024) os aparelhos climatizadores estão sem manutenção, estão quebrados, sujos, cheios de pó dentro situação essa que tem ocasionado doenças respiratórias. Em muitas escolas como Caic, Almerinda, Alice Roma, Rotary, Nelson Sperandio as janelas foram lacradas e soldadas para evitar abertura e instalar o climatizador. Com essa onda de calor que estamos enfrentando, está insuportável o calor e o ar abafado dentro das salas. Não sabemos mais a quem recorrer”, diz mensagem enviada a nossa redação por uma coordenadora que pediu para não ser identificada.
    Ela destaca que esta última semana de fevereiro que está por vir, trará consigo previsões alarmantes de recordes de temperaturas altíssimas em todo o país. “Nesse contexto, nós trabalhadores da educação e nossos alunos enfrentamos diariamente um verdadeiro inferno. Diariamente com salas de aula abafadas, falta de ventilação, as vezes ausência de água gelada e não é mais possível ficarmos caladas diante desta realidade que nos é imposta”, observa.


    E dizem mais: “Nas quadras, a situação é ainda pior. As crianças não conseguem se concentrar, sentem dor de cabeça, desconforto e precisam ir ao bebedouro o tempo todo. A situação causa grande agitação e crises nos estudantes autistas, que nessa fase estão se adaptando à sua nova sala de aula”, desabafa.
Mesmo assim, a coordenadora entende que "o governo municipal, que deveria garantir condições dignas de trabalho e estudo, não dá sinais de que pretende tomar providências necessárias para enfrentar o calor, fechando os olhos para a crise climática e o sofrimento que ela causa” enfatiza relatando a falta de manutenção nos equipamentos. Mais que negligência, denuncia, essa inação é um ataque direto à saúde, ao direito à educação e ao futuro das crianças e adolescentes da cidade.

Escolas climatizadas?
    Preocupar-se com a climatização em ambientes escolares já foi tema de discurso do prefeito José Maria que anunciou em janeiro de 2022 a compra de 375 climatizadores de ar com investimento de R$ 2,5 milhões de reais.  Isto depois de fazer um estudo prévio em que provou-se que a ausência de uma temperatura agradável prejudica a capacidade de concentração, e consequentemente o aprendizado.

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   Os aparelhos foram instalados e as janelas lacradas. E hoje, conforme a denúncia que deve ser encaminhada ao Ministério Público, (caso o prefeito não tome medidas urgentes) muitas salas de aula não estão em condições de funcionar pela falha nos equipamentos em diversas instituições. "Todos sem manutenção, e o prefeito tem ciência disto", afirma a coordenadora que não descarta um convite para a Promotora "visitar" as salas de aula.

   "Por isso, nós da comunidade escolar estamos nos organizando para cobrar, pressionar e lutar por mudanças urgentes. A luta por escolas climatizadas, com infraestrutura adequada para enfrentar as altas temperaturas, com investimentos reais em sustentabilidade e políticas públicas que priorizem a vida e o bem-estar de todos se apresenta cada vez mais como uma necessidade urgente. No papel, tudo parece bonitinho, Ibiporã tem a educação no paraíso, mas só quem está aqui dentro, vivendo o dia a dia sabe com são as coisas de fato. Já deu prefeito, as escolas precisam de manutenção urgente nos equipamentos para se tornarem ambientes saudáveis e preparados para enfrentar a crise climática”, finaliza a nota.

     Nossa reportagem procurou a administração para dar seu posicionamento quanto ao problema.  Até o fechamento desta reportagem, ainda não havíamos recebido um posicionamento em razão do prefeito estar resolvendo outras situações em reunião com o secretário de administração. Continuamos aguardando seu posicionamento.

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/c/informações de servidores da educação
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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