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Domingo, 19 de Janeiro de 2025
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Ano que vem tem eleição para prefeito. E o trem, vem aí?

O tema “política” já começa a dominar as conversas de rua e os políticos traçam estratégias

Ely Damasceno
Por Ely Damasceno
Ano que vem tem eleição para prefeito. E o trem, vem aí?
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 Não há mais dúvida que a maior estratégia na política se resume em duas coisas. A mentira, e a compra de votos de quem não acredita no discurso do mentiroso.  Daqui pra frente, todos os ouvidos de quem pretende reeleição vão  estar atentos para tudo à sua volta. 
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O que muita gente esquece, porém, é que a palavra “política” engloba muito mais do que o voto. Em cidades como Ibiporã, seja para vereador, ou prefeito, a disputa nem sempre é acirrada, dada ao poder aquisitivo de uns, em detrimento de outros.
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 Temos visto nas últimas eleições que o poder econômico fala mais alto. Candidatos corruptos, eleitores prostitutos.
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 Assim funciona a politica que tem conceito da palavra política tem origem no grego politikós, uma derivação de polis, que significa “cidade” e “tikós”, que quer dizer “bem comum”. E tudo isso tem muito a ver com as narrativas, especialmente uma bem antiga e conhecida: a fábula. Traduzida para os dias de hoje, “a mentira”!
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É claro que tudo é político quando vivemos em sociedade: suas escolhas de consumo, de transporte, de atuação no bairro e também as histórias que você consome e conta. E, neste sentido, a fábula é um dos tipos de história mais diretos e eficientes de fazer política, no sentido amplo da palavra. 
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Compostas por “falsas promessas”, geralmente protagonizados por candidatos dado a corrupção cuja mentira “bem contada” convence até o próprio mentiroso. Uma lição de imoralidade que passa de pai para filho. E tem político que se orgulha disso. De deixar como legado, dezenas de processos carimbados na Justiça e a fama de maior corrupto no município. E a familia deve se orgulhar disso! 
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Mas isso não entra na biografia do indivíduo depois de morto. Virgulino Ferreira da Silva (Lampeão) e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes)  foram casos raros que vieram a tona na distorcida história do Brasil. O resto fica enterrado. Alguém sabe sabe detalhes da morte do general Humberto de Alencar Castelo Branco, ou do desaparecimento misterioso do senhor "diretas" Ulisses Guimarães?
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Logo na política a mentira se sobressai à verdade dos fatos. E é a principal ferramenta para se ganhar uma eleição. Lembram do Requião e o pedágio? "Ou abaixa, ou acaba". Nem uma coisa nem outra mas rendeu votos que lhe levou ao Senado!  Lembram do caso Copel? Tinha até um placar com nome dos deputados na praça Pio XII.  E teve gente que se elegeu por conta disso!

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A velha história da reativação do “trem pé-vermelho” para o transporte de passageiros entre Ibiporã/Londrina, até Maringá/Paiçandu, no Noroeste, trecho interligado por ferrovia, já foi tema de campanha por ocasião da restauração da estação ferroviária. Outra mentira que rendeu votos e emprego (para a vice, é claro)!
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Uma mentira bem contada que contou com a articulação do prefeito José Maria Ferreira, quando recebeu a doação do imóvel da antiga ferroviária, em “cerimônia” que contou com a presença do ex-preso, e ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT).
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A mentira não parou por aí. Foram R$ 1,5 milhão, dispostos na revitalização do prédio e no entorno da histórica estação, com o prefeito José Maria declarando que o projeto ferroviário faria de Ibiporã, ponto de partida do trem pé-vermelho quem vem ninguém sabe de onde e vai para lugar nenhum! 
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Como toda mentira tem perna curta, nunca mais se falou na história que teve como coadjuvante, a então vice-prefeita Sandra Moya que se ajeitou num cargo com gordo salário no estado. E o tal trem, foi só engodo. Nunca saiu do papel!
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E o que começa errado, tem tudo para não dar certo, diz o ditado. E o que vimos em seguida? Para vergonha do eleitor Ibiporanense, o palanque do prefeito com os “amigos de Ibiporã” atrás das grades. O ex-ministro Paulo Bernardo e o deputado federal André Vargas, puxando cadeia.
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Ano que vem tem eleição. Qual será a mentira da vez?
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Por isso o “Trem Pé Vermelho” nunca passou de uma fábula. Esse tipo de narrativa, justamente trás um cunho de lição e aprendizado. O eleitor deve sempre desconfiar de quem promete muito. A mentira é hoje mais do que nunca, é aplicada na política, no sentido mais amplo de organização da sociedade corrupta, excluindo o bem comum, as reais necessidades da população, e os valores morais e éticos.
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Preparem-se, vem aí mais uma eleição municipal, onde o dinheiro e a falta de caráter sem dúvida, vai falar mais alto.
Ao contrário de que muita gente pensa, a corrupção na política não teve origem no Império Romano. 
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Para se ter uma ideia, na Suméria, na região da Mesopotâmia, foram encontrados trechos de registros em pequenas tábuas de argila revelando “atos de corrupção política” datadas do século XVI a.C. O brasileiro só deu um jeitinho de amenizar este tipo de crime, com uma nova e suave grafia chamada de “improbidade administrativa”.
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Aos poucos a gente vai conhecendo quem gosta de história. Conheço um aí que deve ser fã de carteirinha do rei Luís XIV, na França. Tirano e absolutista, queria governar sozinho. Não à toa, ficou conhecido pelo apelido de “rei Sol”. E, para conseguir esse objetivo, apostou muito no uso dos contos de fadas e fábulas para entreter os nobres súditos e implantar regras que valem para todos, menos para sí.
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Entre suas articulações estava deixar o trono para o pequeno príncipe que nasceu para tudo menos para vocação para o trono. Usava peruca (era costume na época) e dançava balé animando os súditos em festas para desespero do Rei. "Dizem que ele não dormia sem ouvir uma história de um servo. Ele ouvia, aproveitava e a transformava a seu favor”, revela a historiadora da USP, Katia Canton Monteiro. Nada acontece por acaso, mas se acontecer... É uma mera coincidência. Qualquer semelhança com personagens ou fatos reais, não passa disso, acreditem...

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E tem outra: Quem não gosta de política será sempre refém daqueles que gostam. Não adianta reclamar depois!

Já dizia Platão: "O preço que o homem de bem paga por não se envolver em política é ser governado por políticos corruptos mal intencionados".

Isto vale para quem fez o "Z" e quem fez o "L". Voto errado não tem volta...tem consequências! Think About!

FONTE/CRÉDITOS: Folha Portal/Ely Damasceno
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Ely Damasceno

Publicado por:

Ely Damasceno

Bacharel em Teologia Theological University of Massachussets USA 1984/1990. Jornalismo pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo. Repórter Gaz.Esportiva, Diários Associados, Estadão/SP, Jornais Dayle Post, em Boston-USA e Int.Press Hyogo-Japão

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